Com a convocatória do Conselho de Estado para o dia 16 do corrente mês de Maio de 2022, pelo Presidente da Republica, para analisar a situação politica no pais, muitos são os rumores que correm por esta cidade “di nobas “ cu “especulações”, alguns antecipando ate a dissolução do parlamento.
Sobre este particular, embora sendo apenas um simples curioso e estudioso de Direito, gostaria de dizer o seguinte:
_ A acontecer, o Presidente da Republica estará no seu mais absoluto direito constitucional, pois a Constituição da Republica, no seu artigo 104º. nº. 2, não clarificou a situação em que o PR pode dissolver o parlamento, limitando-se
Apenas a falar de “grave crise politica que ponga em causa o normal funcionamento das instituições da Republica”.
Uma definição muito vaga que leva a que cada um interprete essa disposição constitucional de acordo com a sua conveniência.
Se o Presidente Umaro decidir pela dissolução do parlamento, ele estará a exercer as suas prerrogativas constitucionais, desde que o faca dentro dos limites impostos pala Lei Magna.
Agora, ninguém tem duvidas de que o mais fácil e dissolver o parlamento, mas o mais difícil e encontrar uma alternativa credível capaz de realizar o sonho dos Guineenses, em geral, independentemente das considerações político-partidárias e de amicíssimos, clubismos ou compadrios, como tem sido ate ao momento em que escrevo estas breves linhas.
E o meu dever rezar para que todas as instituições cumpram com as suas funções no estrito respeito mútuo, e com o espirito de servir e não servir-se dos cargos para depois virem a apresentar-se a nos como os “novos-ricos”, os “golden boys”, aproveitando-se impunemente dos recursos que a todos nos pertence.
Dissolver por dissolver, não passa de um paliativo, enquanto a ferida desesperadamente se mantiver aberta, aguardando por quem encontre o seu remédio.
Seja como for, vamos adoptar a atitude to anglo-saxónico: wait and see, pois o D Day esta a vista (segunda-feira, 6 de Maio de 2022).
O apelo que lanço desde Jã ao Presidente da Republica e de que na eventualidade da dissolução do parlamento, que na composição do governo “madin in USE” nos livre desses “kakubas”, os eternos ministros, caducos, com a única ambição de continuarem a roubar e acumular riquezas que fingem ignorar de que um dia terão que devolver aos donos, como esta a acontecer agora na Guine-Conacri.
Que esses “kakubas” e alguns playmakers que exerceram ou ainda exercem altas funções no governo, que de repente se tornaram golden boys, sem terem herdado e nem jogarem no Barcelona, como costuma dizer o nosso General-Presidente, saibam que um dia esses bens ilicitamente adquiridos serão confiscados e devolvidos ao legítimo dono - o povo.
Que seja um governo “cu sangue nobu” mas com jovens incorruptiveis, não oportunistas, escolhidos dentre os melhores, em todos os quadrantes para que num tempo record nos provem que abraçaram o conceito “de la generation du concret”.
E que, por uma questão de economia e realista, se façam coincidir as eleições legislativas com as próximas presidências.
Mortu i um son, i tchiga hora di no conta bardadi cara-a-cara.
Como disse o meu falecido avo, François Kancola Mendes, num debate televisivo - “povo i cansa”.
Allah abençoe a Guiné-Bissau e proteja o seu povo!
Por: Yanick Aerton
Sem comentários:
Enviar um comentário