O Representante da Assembleia do Povo Unido- Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Augusto Gomes, disse que o seu partido rever-se-á na decisão “Republicana” que o Presidente da República tomará em relação à dissolução da Assembleia Nacional Popular (ANP).
Augusto Gomes falava aos jornalistas depois de uma audiência de auscultação de partidos políticos com o assento no Parlamento para analisar a situação política vigente no país.
Os encontros com os partidos políticos e presidente do Parlamento acontecem no momento em que os deputados criticam a vinda de uma missão de estabilização da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para a Guiné-Bissau, sem informação precisa nem consultar o Parlamento. Também na quarta-feira, 11 de maio, os deputados aprovaram, por unanimidade, a Ordem do Dia que inclui a proposta de revisão da Constituição elaborada pela Comissão criada pela Assembleia Nacional Popular. Os deputados retiraram da agenda de trabalhos da mesma sessão a eleição do primeiro vice-presidente da ANP, a Lei da Comissão Nacional de Eleições, a Lei do Recenseamento Eleitoral e a Lei-Quadro dos Partidos Políticos.
Questionado qual foi a posição da APU-PDGB, o político respondeu que o partido defende e defenderá sempre os valores republicanos, da paz, de aproximação e de consenso à volta das questões primárias do país”.
Segundo Gomes, na perspetiva do Presidente da República, não há sintonia entre os órgãos da soberania, nomeadamente o governo, a ANP, o poder judicial e a Presidência da República, que permitisse as atividades governativas fluírem, prestando serviços sociais às populações.
PND DEFENDE DIÁLOGO “NECESSÁRIO” ENTRE ÓRGÃOS DA SOBERANIA
Por sua vez, o Partido Nova Democracia pela voz do seu secretário-geral, Aureliano Marcelino Gomes, defendeu um diálogo “necessário e concertado” entre os órgãos da soberania para encontrar soluções consentâneas e garantir a melhor governação para o país.
“O diálogo deve prevalecer sempre e sempre que necessário, mas a melhor solução compete a quem de direito”.
Salienta-se que a União para a Mudança é a única formação política com o assento parlamentar que não participou desta audiência de auscultação de partidos políticos convocada pelo Presidente da República.
Por: Assana Sambú/Filomeno Sambú
Conosaba/odemocratagb
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