sexta-feira, 13 de maio de 2022

Crise política: MADEM-15 DIZ QUE NÃO TEM PODERES PARA ALTERAR DECISÃO DO PR E VAI APOIÁ-LO



O Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15) afirmou que não tem poderes para alterar a decisão do Presidente Umaro Sissoco Embaló de dissolver a ANP e promete apoiá-lo, assim que a intenção for consumada.

A posição do partido foi transmitida à imprensa por Luís Oliveira Sanca, coordenador em exercício do MADEM, à saída do encontro de auscultação aos partidos políticos com assento parlamentar e o presidente da ANP.

Os encontros com os partidos políticos e presidente do Parlamento acontecem no momento em que os deputados criticam a vinda de uma missão de estabilização da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para a Guiné-Bissau, sem informação precisa nem consultar o Parlamento. Também na quarta-feira, 11 de maio, os deputados aprovaram, por unanimidade, a Ordem do Dia que inclui a proposta de revisão da Constituição elaborada pela Comissão criada pela Assembleia Nacional Popular. Retiraram da agenda de trabalho da mesma sessão a eleição do primeiro vice-presidente da ANP, a Lei da Comissão Nacional de Eleições, a Lei do Recenseamento Eleitoral e a Lei-Quadro dos Partidos Políticos.

Luís Oliveira Sanca disse que a preocupação do chefe de Estado sobre a matéria é que existe uma certa “incompreensão” no seio de algumas bancadas parlamentares, sobretudo a do MAIDEN-G 15.

“É verdade que essa situação foi gerida há muito tempo e tem-se procurado alternativas para superá-la, mas não foi possível. E no gozo das suas prerrogativas constitucionais, avisou que se as coisas continuarem a funcionar mal será obrigado a tomar medidas corretivas”, informou.

Segundo Sanca, foi nessa base que transmitiu a sua intenção de dissolver a Assembleia Nacional Popular, formar um governo da iniciativa presidencial e preparar as próximas eleições legislativas.

“O problema entre o Presidente da República não se resume apenas ao MADEM. É tudo um conjunto de problemas que o país viveu, a nível das instituições do Estado e a própria revisão constitucional”, esclareceu.

Por: Assana Sambú/ Filomeno Sambú
Conosaba/odemocratagb

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