terça-feira, 3 de maio de 2022

A HISTÓRIA DOS CONJUNTOS MUSICAIS GUINEENSE E SEUS ARTISTAS


"ANOS 70 e a música guineense, terçeira edição, década 70
Bissau tinha aproximadamente 25.000 habitantes e a música se praticava em nome colectivo, em conjunto. Existiam mais de trinta conjuntos, só na capital, e eis por ordem alfabética, os mais conhecidos que consegui reunir. É possivel que as datas e a composição dos membros estejam incorretas ou insificientes, nesse caso, quem dispôr de dados, está desde já convidado a publicá-los em complemento.
ÁFRICA LIVRE (criado em 1976)
Antão martins viola ritmo, Adjibo, Djanuno e Justino Delgado cantores, Manécas Costa baixo, Nelson Costa guitarra solo e Mário Nelson, são os fundadores. Tony Dudo guitarrista, Fândo, Aliu Cissé, Álvaro baterista e Bá kitimo nas tumbas, vieram depois. Eu mesmo fui padrinho do conjunto em 1987, aquando do Festival organizado pelo jornal Nó Pintcha.
ÁGUIAS NEGRAS (criado em 1973/74)
Aguinaldo e Estevão Soares guitarristas, Waldemar Clayton cantor, e mais outros que de momento não tenho os nomes.
BOLAMA RITMO (não tenho dados)
Djibi...
Músicas que marcaram: Dia ta bai dia ta bim, Rapacinho de Mankambô
BRAZILIANO JAZZ (1974/75)
Alfredo e Bubo vocalistas, Bôbo coros, Inácio solo, António bateria, Policarpo tocava gaita, um instrumento pouco utilizado nos conjuntos modernos, mas muito popular nos bairros periféricos de Bissau. Participaram no Festival do Estádio Lino Correia em 1976.
CABUYARA 7 (1971/72)
Cássimo, fundador e viola ritmo, Narciso Pussik no solo, Braima Turé baixista, Zé Galina guitarra, Pipi baterista, Djibril e Zé Djassi cantores. O Conjunto CABUYARA 7 instalado no cupelão de baixo, foi um grupo muito famoso que beneficiou da atenção e apoios (material sonoro) da parte do Zé carlos Schwatrz. Muitos dos seus músicos brilharam noutros conjuntos. Fois assim que à saída do Narciso para o cobiana Jazz em 1976, um concurso de guitarristas solistas foi organizado para o subtituir. Quem ganhou esse concurso e ficou como solista, foi o Joanito Sá (ex-membro de Netos de Bom bardade, 1974).
CAPA NEGRA (1971/72), 3° lugar no Festival de 1976 Estádio Lino CORREIA
Nasceu em 1971 mas só foi batisado CAPA NEGRA em 1972, após a disssolução ou desmembramento da Juventude 71, conjunto de estudantes que foi seu padrinho (ler em infra).
CAPA NEGRA actuava mais no Bloco Circum Escolar do que na UDIB ou no Benfica e era composto essencialmente de estudantes. Eis a lista dos seus músicos:
Tchinho (Raúl Centeio) guitarra solo, chefe musical e arranjador, Kimbanda (Rui Araújo), Osvaldo Nelson (1975), guitarras ritmo e cantor, Funtchã –Tony (Eduardo Costa), Braima Turé (1975), Sâpo (Saldanha) violas baixo. Djon Kortel (João Sanfa) pessoa que me levou ao grupo, Jorge Cabral (1975) e Nelson Nhé (1976), bateristas. Jorge Medina (OCOISO 1975) guitarra solo e cantor, Caló (Carlo Cardoso 1975) tumbista. Dany-Amigo (Daniel Cassamá, 1° cantor do conjunto), Filó-Fiki (Filomeno Pina 1975) e Sidó-Djonsinho (Sidónio Pais), cantores com reportórios variados de composições do conjunto, mas também de musicas estrangeiras (angolanas, congolesas, brasileiras, senegalesas etc.).
Em 1975 num dos nossos concertos / bailes no Bloco Circum Escolar, tivemos a honrra e o privilégio de acolher no nosso pálco a Myriam MAKEBA e sua orquestra que ofereceram ao nosso público, momentos de charme e de música de alto standing. Na mesma semana, e a pedido do Presidente da República Senhor Luíz CABRAL, demos um concerto exclusivo para a Myriam MAKEBA no hotel 24 de setembro, e enquanto eu cantava Kilis ku kata muri (Os Imortais), o Présidente Luíz CABRAL traduzia o conteúdo do texto a nossa diva.
No festival de 1976 do Estádio Lino CORREIA, onde obtivemos o 3° lugar entre mais de 30 conjuntos participantes, interpretamos: Kilis ku kata muri, Socialismo, Samba paty de Carlos Santana e Lolita de Osibisa, creio.
Empresários: Sérgio Centeio e Augusto Gomes.
Organização: Bernardino Cardoso, Ademir Pamplona, Eduardo Semedo, Justino Vieira, Doly, Zézé Furtado e mais outros.
Mais do que um simples conjunto CAPA NEGRA era uma organisação composta de vários departamentos (crítico, propaganda, técnico e musical). A parte mais visível era evidentemente a musical, mas os musicos eram todos controlados e enquandrados pelos outros depantamentos. Nada se fazia sem decisão da assembleia dos departamentos.
COBIANA JAZZ (1970), obteve o 1° lugar no festival de 1976, Estádio Lino CORREIA)
Conjunto que esteve na origem de todas as nossas euforias musicais, foi fundado por:
José Carlos Schwarz (Zé Cabalo) autor, compositor, interprete, guitarrista e leader carismático, Aliu Barry (Aliu Djógui), autor, compositor, intérprete, guitarra ritmo.
Chico, Zéca e Duco Castro Fernandes guitarras baixo e solo, Gundas guitarra ritmo, Jacob e N’Djamba, bateristas, Mamadu Bá e Samaké tumbistas, gongo-ma e outras prcussões, Ernesto Dabó cantor, Assanato e Rui Dayves coristas, também estiveram na génese do grupo.
Mais tarde, durante as encarcerações do José Carlos e do Aliu Barry, vieram o Rui Perdigão baixista, Chico Barreto solo, Felix ritmo, Lassana Pêpe cantor, e o conjunto foi de novo reforçado após a libertação dos dois leaders, à partir de 25 de abril de 1974, com a chegada da Celeste Pires como vocalista, Sérifo Banora na guitarra solo, Francisco Napolina como cantor. Carlitos saxofonista, Armando trompetista e Narciso Pussik guitarrista, foram recrutados por proposta do António Braima Baldé, activo colaborador do conjunto.
Entretanto o grupo conheceu uma crise interna após a gravação do José Carlos com a Miryam MAKEBA nos EUA, disco Djiu di galinha, gravação na qual eu devia cantar Kilis ku kata muri e 24 de setembro. Em 1976 Aliu Djógui recruta mais músicos, Osvaldo Nelson (que tocava no Capa Negra), Estevão Djipson, etc. Apesar de todas estas tranformações, COBIANA JAZZ ficará para sempre como a referência entre os conjuntos de música moderna guineense, e seu enigma ainda está por ser desvendado pois, uns dizem que foi um grupo de reflexão, outros dizem que foi um conjunto nacionalista de intervenção. Mas a meu ver, e no resentir da maioria dos guineenses, de facto incarna as duas facetas, e fica nas nossas memórias como um conjunto inteligentemente activista e agitador de consciências, que muito contribuiu na mobilização das massas, e no encorajamento dos combatentes da liberdade da pátria, com base nas matas de Boé.
DAMA JAZZ (1975)
Augusto Dama homem de negócio e proprietário do conjunto, conferiu a chefia do DAMA DJAZZ ao Michel, alfaiate de profissão e oriundo do Senegal. Não era um grande guitarrista mas tinha muita motivação e esteva rodeado de voluntários e aprendizes tais como o Simão guitarrista, Emanuel Guéye vocalista, e mais outros e dispunham de um clube onde actuavam frequentemente.

Uma outra particularidade do conjunto, era a quantidade impressionante de músicos que a compunham. Enquanto que nas outras formações havia entre 5 e 10 músicos, no DAMA DJAZZ eram entre 20 e 30 artistas.
DJORÇON (Lisboa 1975)
Ernesto Dabó, Gundas, Zéca e Duco Castro Fernandes. Gravaram neste mesmo ano de 1975, o primeiro disco guineense, um single, com 2 músicas: M’bá Bolamaet N’ná.
ESTRELA NEGRA (1976/77)
Leopoldo Amado (Poyo) ritmo, Maximiano Pontes baixo, Zé Luíz e Waldir Medina...
JUVENTUDE AFRICANA (1976/77)
Agusto Paulo solo, João Paulo baixo, Cuca ritmo, Alfredo, Pedrinho, Francisco e Celso vozes e mais outros.
JUVENTUDE 71 (criado em 1970)
Na origem deste conjunto, esteve o grupo OS INCÓGNITOS, constituído pelo Manéy guitarra solo de talento, e o mais conhecido das praças de Bissau, Emanuel Marta, Rogério Fernandes (Condom) na bateria, Rui Borges (Pantcho), e Victor Pereira (Caúdo), vocalistas. A entrada do Carlos Silva coincidiu com a partida de alguns músicos para Portugal, e foi o caso do Pantcho, do Victor Caúdo e o Marta. Em concertação com os restantes membros, convidaram o Abel Pontes baixista e fertil autor compositor, o César Augusto Lopes cantor multi-standard, e o Armindo B. Lopes, e JUVENTUDE 71 nasceu. Entretanto, como era um grupo de estudantes sétimanistas (equivalente ao 11° actual) do liceu e da escola técnica, a maioria dos membros abandonaram o conjunto por razões de estúdos ou de cumprimento do serviço militar. Para a despedida do grupo, Abel Pontes compôs uma linda canção Manéy bom biás, que veio assombrar uma outra também bonita, Béco di Faria... Segundo Carlos Silva, viola ritmo e chefe do conjunto, este elenco existiu antes do Cobiana Jazz e da Voz da Guiné. Quanto ao Capa Negra, foi graças a JUVENTUDE 71 que ele apareceu nos finais do ano lectivo de 1971. Nos convidavam para tocar nos seus intervalos, nos formaram e escreveram as nossas primeiras músicas: Rapacis de Suzuky, Badjuda cinho de bata branco, todas da autoria do Abel Pontes. O Daniel Cassamá foi o primeiro cantor do futuro Capa Negra que seduziu a sensibilidade dos nossos manos da JV71.
JUVENTUDE 73 (1973)
Nutcha solo, Tálo (Carlos Pereira baixo, Bétu (Alberto Gomes da Costa) e Eufrázio Santos violas ritmo e voz, César Ferrage baterista, Lucindo (Chindo) cantor leader.
JUVENTUDE DE CUBURNEL (1973/74)
Herculano Soares fundador e viola solo, Nununo Delgado baixo, Beto badío, Guto Barbosa Vicente guitarrista, Silvério contra-solo e Tony Praia no ritmo.
LACARANS 1973
Zé Augusto, contra-solo cantor, fundador e chefe de grupo, Néné Ciro solo, Nununo Cordeiro no ritmo, Amanhá nas tumbas, Orlando Martins no baixo, Mário Anó, Geraldo e Julio Sousa cantores, Kido nas congas.
Foi desclassificado no festival 1976, porque cantaram uma música em português, em vez de língua estrangeira.
MAMA DJOMBO (1971/72) 2° lugar do festival 1976, estádio Lino CORREIA
Composto por Jorge Medina, guitarrista, autor, compositor interprete e fundador, foi também o autor do nome do conjunto. O Armindo Fonseca (Mindo) guitarrista, o Luíz Taborda co-fundadores, Chico Caruca baixista, Zé Manel baterista, Tundu e Migelinho guitarristas, são figuras marcantes de MAMA DJOMBO que obraram em companhia do Áko (Herculano Pina), Dikson, Victor Pereira (Kaúdo), antes da vinda do Malam, Lamine e Dulce Neves, todos cantores, ou o Armando Gomes tumbista (1976) e Djon Mota (1979), para dar a este conjunto, o que Adriano Atchutchi soube transformar em criatividade inovadora.
A integração do Atchutchi guitarrista, autor e compositor em 1975, coïncidiu com a a saída do Jorge Medina, e sua liderança no MAMA DJOMBO transformou o conjunto numa autêntica orchestra concebida para espectáculos, numa disciplina musical inédita.
Com o MAMA DJOMBO, estivemos perto de criar um estilo de música próprio à Guiné-Bissau, num curto espaço de tempo musical (menos de 10 anos), tendo em conta as experiências dos outros país vizinhos, a Guiné Conakry ou o Senegal. Infelizmente a política não seguiu, a inovação mudou de país, e a paternidade criativa beneficiou o Senegal que saiu progressivamente da prática do Pachanga, Charanga, Cha-cha-cha, para a do Sabar e do M’balar, com o grupo Xalis Etoile de Dakar, onde cantava Youssou N’Dour.
M’BARANÇO (1975/76)
Herculano Soares viola solo, Kakáio no baixo, Djassi, Béto, Gomes e Tony Reis como cantores, Julião Vieira na bateria, Augusto e Nelson Medina.
MINI BANCO (1977)
Micas Cabral, Calozinho Barbosa, Juvenal Cabral, Jânio Barbosa, Victor Pais, Patalino, Maurício Fernandes, Luíz Almeida e Bébé como vocalista.
MINI JUVENTUDE DE CUBURNEL (74)
Segundo informações tidas, consta que Juca Delgado foi seu fundador, mas ignóro o nome dos músicos que o cumpunham, e nosso maestro nos fará o prazer de completar os dádos que faltam.
NETOS DE BOM BARDADE (1974)
Bonifácio Injai vocalista e fundador do conjunto, Joanito Sá solista, Bráz viola ritmo, Djon (irmão puku) baixo e mais músicos a completar. Também foram amigos de Capa Negra e este lhes dispensava seus intrumentos para ensaios.
N’KASSA COBRA (1973), 4° lugar no festival de 1976, estádio Lino CORREIA)
Este conjunto foi fundado graças as iniciativas do Zéca Garcia que com o Olívio e o Gonçalo viola solo, depois o Pukurrucho baixista, Ramiro Dias “Naka” viola ritmo, Armando nas congas, Júlio no Bumbulum, e Rui Silva na bateria, passaram por várias fazes antes de se afirmarem como N’KASSA COBRA.
Inicialmente se chamava Chave de Ouro, depois N’Kassa Djazz e só mais tarde optou definitivamente pelo N’KASSA COBRA.
A pedido da senhora Obiára Sambú empresária do conjunto, Capa Negra aceitou ser seu padrinho, e da minha voz os apresentamos ao público, num dos nossos concertos bailes no salão do Bloco Circum Escolar em 1973. Passaram a ensaiar e a tocar de quando em vez conosco, e lhe cedemos alguns instrumentos à nossa disposição no Bloco Circum Escolar, entre eles, o Bumbulum.
O Tuty cantor que mais marcou o grupo, veio do Pikil Djazz, o Bocar Djaló e o Wié do Tenã Kóya, o Lile, o Tadéo, o Estevão Soares, Herculano Soares, Baba Djaló, N’Tchobá, Ansumane, Daniel Gomes, Joanito Sá, João Mota, etc. vieram também depois, e foram estes músicos que fizeram a marca e o renome de N’KASSA COBRA.
Estou convencido que o N’KASSA COBRA esteve na origem da afirmação do N’gumbé, no seio da música moderna guineense, e isto, graças aos talentos irrefutáveis do Ramiro Naka na guitarra ritmo, do Néné Tuty (général cantiga sábe), do Pukurrucho com suas melodias cantantes da viola baixo e em binómio com o Estevão Soares, na guitarra contra-canto (ritmo e solo alternadamente).
NÓ PINTCHA (1973)
Foi formando em Conakry ou Madina de Boé durante a luta, e eis os seus membros: Jorge Cabral guitarra solo, Ivo Djaló, Jaime e Dickson cantores, Bétu (Alberto Gomes da Costa), Joanito Sá , Lopes, Zéquinha e mais outros, integraram o conjunto em 1974 após o 25 de abril. Uns foram à zona libertada e outros em Bissau.
Sob proposta do Bétu e do Ivo Djaló, os sopradores da banda militar, Djon Pereira e o Armando, foram integrados no conjunto, fazendo assim concurrência ao Cobiana Jazz.
N’TIBA CÔCÓ (1975/76)
Composto por: Fufu (Frankelim Santos), Duarte, Nuno Mário Lima, Nuno (Estácio Quirino), Ângelo Nandjarga etc. Este conjunto nunca actou em público, mas falou-se muito dele pela originalidade do nome.
N’TIPOLO KRIM (1975)
Avelino, Mário Cabral (grand)...
PANTERA GUINÉUS (1974/75)
Osvaldo Nelson solo, Tony Davyes contra solo, Chico Barbosa ritmo, Huco Monteiro baixo, Narciso Pussic bateria, Enseler tumbas, Lili timbales, Serifo Mami e Tchinho Pontes vocalistas.
PANTERA NEGRA (1974)
PIKIL DJAZZ (1972)
Isidoro Taveira guitarra solo e fundador do grupo, Tundu e Guído ritmistas, Saldanha (Sápo) no baixo, Joaquim Carvalho (Tuty) vocalista, Zézé na bateria, Ivo irmão do Isidoro, também guitarrista.
SABÁ MINIAMBÁ (Lisboa, 1976)
Fundado em dezembro de 1976 em Lisboa por mim, nunca actuou na guiné e teve como primeiros membros: Mandjao Fati no baixo, Jorge Humberto no solo, Ramiro Dias no ritmo, Nelson ‘Nhé” na bateria e Zéca Garcia na vocalização com o Sidó. Jorge medina guitarra solo e João Sanfa vieram logo em janeiro de 1977 e o Pedrinho organista de cabo-verdeano, Stock nas congas de Angola, e Jaimito guitarrista moçambicano se juntaram mais tarde a nossa equipa.
Tinhamos como empresários e colaboradores o Infali Dabó, o Erásmo Robalo, o Lopes Pereira jornalista e locutor da rádio, Farid Magid técnico da rádio, Aristides Menezes, Djoca Pimentel, Pedro Jandi, Sequeira, e mais outros amigos e intelectuais de Lisboa. Gravamos 2 albums: um em 1977 outro em 1978. Todos foram proíbidos de difusão na Rádio Difusão Nacional, pois censurados muito críticos ao regime de então. Participamos nos primeiros festivais de música africana em Portugal (Cascais, Faro, Aldeia das açoteias etc.).
TCHIFRE PRETO (1975)
Djon-Djon solo, Aguinaldo solo (1977), Patche baixo, Joanito Sá solo, Baba ritmo, Queta bateria, Alberto tumbas, Bubacar Jamanca, Álvaro et Bacar Dansó cantores.
TCHIFRE PRETO foi uma das grandes revelações dos anos 70 pela originalidade musical que suscitaram e concorrência directa que faziam ao N’Kassa Cobra.
TENÃ KÓYA (1972/73)
Armindo e Bocar Djaló solos, João Mota (1976), Mandjau Fati baixo, Lóssinho (Luíz Dunga) ritmo, Wié bateria, Benedito Cabral, Malam e Djú cantores.
A convite de Capa Negra, TENÃ KOYA tocava nos seus intervalos e interpretavam também musicas estrangeiras tais como: Le boucheron de Franklin Boukaka (ayé Africa, eh Africa oh indépendant) na voz de Benedito.
TCHOKMOND (Findikadéra Djazz, 1974)
Conhecido por Findikadéra Djazz, seu verdadeiro nome é TCHOKMOND, e ele foi escolhido para se desmarcar da termologia Djazz que muitos conjuntos utilizavam.
Nhú Côte (Norberto Tavares) viola ritmo, principal compositor e chefe do conjunto.
Nhomba, Muma ( Manuel Coelho Mendonça) no baixo, Fernando Ledo Pontes guitarra solo, depois veio o João Mota, Jota Jota (Jacinto João Gomes) e o Quintino da Silva, vocalistas, Armando Gomes (o actual de Mama Djombo) nas tumbas e Quecuta na bateria.
VOZ DA GUINÉ (1970)
Lopes “Joaquim Fernandes Coelho” guitarra solo e baixo, Domingos Letche, Queita “Domingos Samessedine” viola solo, Tony Ferrage viola ritmo, Papa Fidjós “ Emilio Fernandes” baterista e cantor, Rui Perdigão nas téclas “orgão”, CUTA clarinete, Octávio, saxo e clarinete. Mais tarde Armando na trompete e Carlitos no saxofone, antes de irem para o Cobiana Jazz.
Em 2012, Bissau tem mais de 400.000 habitantes, e existem mais artistas individuais do que conjuntos. O desaparecimento de padrões como os festivais reguladores de talentos, a decadência rápida de valores como a família, os estúdos, o trabalho, a promoção pelo mérito, estrangularam o espírito colectivo, em benefício do egoísmo, do nepotismo, das intrigas e mais mâles que nos assombram. O tempo? Já estar perdido! Mas ainda podemos nos apoiar nas nossas experiências, para salvar as esperanças, e tentar reposicionar padrões e valores que fazem avançar, como os acordes de uma guitarra... harmoniosamente.
Estamos juntos,
Sidó de Capa Negra"
Manecas Costa Juca Delgado Sidonio Pais Sidó
Obrigado Sidónio Pais

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