A UNITA anunciou que o ataque de hoje à caravana de deputados do principal partido da oposição angolana causou nove feridos, cinco dos quais graves, e dois desaparecidos, corrigindo a informação inicial que dava conta de um morto.
O líder da bancada parlamentar da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Liberty Chiaca, tinha afirmado inicialmente que o ataque armado na província angolana do Cuando Cubango tinha causado um morto e seis feridos.
Agora, na nota de imprensa o grupo parlamentar fez um novo balanço, condenou o ataque e exortou as autoridades competentes a instaurarem um inquérito e a responsabilizar os culpados.
Na mesma nota adianta-se que a delegação de deputados era composta pelos deputados João Kaweza, David Kisadila, Jeremias Abílio e o assessor Maurílio Luiele, que se encontram na província do Cuando Cubango para as jornadas municipais.
O grupo parlamentar da UNITA salientou que a caravana foi "alvo de um ataque perpetrado por supostas milícias do regime" a meio da manhã no troço Longa-Cuito Cuanavale, tendo a ação resultado também em danos materiais a oito das nove viaturas que integravam a coluna.
Segundo o grupo parlamentar da UNITA, "no momento do ataque, os agressores gritavam 'no Quito Cuanavale só há entrada, não há saída para a UNITA' numa autêntica demonstração de intolerância política, empunhando armas de fogo, paus e catanas e arremessando pedras aos membros da delegação de deputados".
"O grupo parlamentar da UNITA condena a postura de cumplicidade do Governo Provincial do Cuando Cubango e da Polícia Nacional local que, instados a garantir segurança à delegação, nos termos da lei, não o fizeram", sublinha-se na nota.
No documento, a UNITA instou o Presidente, João Lourenço, "a assumir as suas responsabilidades de defesa da vida, dos direitos, liberdades e garantias fundamentais de todos os cidadãos", condenando veementemente a ação, que classificou como "atos de terror, ódio, fundamentalismo partidário e intolerância política".
"O grupo parlamentar da UNITA insta, igualmente, o senhor Presidente do MPLA [Movimento Popular de Libertação de Angola] a orientar a suas estruturas para adesão plena ao espírito dos acordos de paz, tolerância e reconciliação nacional genuína", acrescenta-se.
Conosaba/Lusa
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