O diretor-geral de Agricultura disse que o país tem condições de fazer três colheitas de arroz por ano através de caudais de rio Corubal e rio Geba.
Júlio Malam Injai que falava no seminário de consulta estratégica para elaboração do novo quadro de programação por país da FAO, diz que só com o vale do rio Geba, o país poderia produzir o arroz para consumo e vender
“ Só com o vale de rio Geba- conta com cerca de 25 mil hectares de terras arravéis- poderíamos produzir o arroz e dar os guineenses de comer e vender mas, infelizmente, até hoje estamos a patinar e não se conseguiu cumprir o legado de Cabral”, diz acrescentando que o país tem que investir seriamente no ordenamento hidroagrícola com a criação de condições de irrigação e escoamento de água para produzir o arroz na época seca suficiente para poder exportar. A Guiné-Bissau tem condições de fazer três colheitas de arroz por ano (..) porque é na agricultura que existe maior riquezas que são recursos renováveis em detrimento do petróleo ou diamante”.
Mas, tudo isso não aconteceu por falta de investimentos para o setor agrícola o que motivou o país a importar mais de 155 mil toneladas de arroz anualmente, apesar das condições naturais de que o país dispõe. “ O país importa mais de 155 mil toneladas de arroz anualmente, cerca de 5 mil toneladas de carnes frangos sem contar com cebolas. São todos os aspetos que podíamos ter resolvido no país porque temos as condições naturais e propícias para poder criar uma sustentabilidade em termos alimentares, o que falta são os investimentos”.
O responsável sublinhou que têm em manga um projeto só para o produção de arroz num valor de 300 mil milhões de francos cfa, cujo destino era para ordenar 15 mil hectares de terra e produzir arroz para fazer colheita três vezes por ano.
“ Com essas condições, estariamos a exportar o arroz sem estar a pensar na rotura deste cereal que é a base alimentar do povo. Não podemos admitir a Guiné-Bissau importar cebolas de Senegal, devia ser o contrário, porque o país tem melhores condições naturais do que o país vizinho, portanto, não há razão para estar a importar cenouras, cebolas, repolhos de outra parte do mundo”, afirmou o responsável.
De referir que este projeto é do conhecimento do governo, como disse o diretor-geral.
Por. Nautaran Marcos Có/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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