O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, negou hoje que o país tenha retirado a bandeira a navios impedindo a chegada de ajuda humanitária a Gaza, afirmando que se trata de "fake news".
A coligação Freedom Flotilla acusou a Guiné-Bissau de ter retirado a bandeira de dois dos navios desta organização, cedendo a pressões de Israel para que a ajuda humanitária não chegue ao destino.
"Isso não corresponde à verdade, isso é 'fake news', a Guiné-Bissau nunca teve navios", disse o Presidente, à margem de uma visita ao novo armazém do medicamento, em Bissau.
Questionado pela Lusa sobre a acusação da organização humanitária, o chefe de Estado afirmou não ter conhecimento da questão levantada sobre as bandeiras e recusou ter cedido a pressões de Israel.
"Eu não falo geralmente com o primeiro-ministro de Israel, com quem falo é com o Presidente de Israel, que é um amigo, que conheci já há muitos anos. É com quem tenho falado, mas sobre a guerra na Faixa de Gaza", vincou.
"Ainda ontem eu falei com ele, comunicamos muito, que é o que eu faço com vários presidentes", acrescentou.
O Presidente da Guiné-Bissau garantiu que nunca falou com o homólogo de Israel "sobre embandeiramento dos navios", salientando que é uma matéria sobre a qual "não é o presidente da República que trata".
"Aquilo que eu posso reafirmar é que as pessoas às vezes... há 'fake news', isso é uma 'fake news' [notícia falsa]", reiterou.
A Organização Não Governamental (ONG) Flotilha da Liberdade disse pretender levar ajuda humanitária até Gaza, concretamente 5.550 toneladas de bens, em navios com bandeira de vários países, que transportarão também observadores humanitários internacionais.
Conosaba/Lusa
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