Ao Presidente da República se dirige também um reconhecimento pela lucidez, mas sobretudo pela humildade que demonstrou depois das audições, virtudes de um chefe de estado que põe em primeiro lugar os interesses do povo acima dos seus interesses pessoais.
A velocidade de cruzeiro que as novas autoridades estão a imprimir, sobretudo a agressiva diplomacia que o primeiro magistrado da nação está a levar a cabo, faz com que todos nós estejamos de acordo de que é chegada a hora de enterrar o machado de guerra.
É bom não esquecer que pertencemos todos a mesma família, embora sejamos obrigados a separar o “Family business” da gestão da coisa pública. Tendo esse especto em consideração, estaríamos de acordo de que o livre exercício dos direitos consagrados na Lei Magna deve ser respeitado.
Estando a viver num estado de direito, devemos afastar-nos de atos que põem em causa esses direitos, daí a razão porque se deve repensar seriamente quando se adotam medidas que não contribuem senão para manchar a imagem da Guiné-Bissau.
Que cada órgão de soberania cumpra o seu papel dentro dos parâmetros legais, e em estrita obediência à Constituição da República.
Que à Justiça sejam disponibilizados os indispensáveis meios para que os juízos possam funcionar, sem pressões políticas e que decidam segundo a lei e a sua consciência, evitando voltar aos erros do passado recente que, caso não fossem acautelados certos aspetos, o pais cairia numa crise sem precedentes.
Os progressos que vimos assistindo traduzem aquilo com que o povo vinha sonhando desde que, nas Colinas de Boé, a 24 de Setembro de 1973, foi proclamada a independência da Guiné-Bissau, depois de 17 anos da existência do PAIGC e de 11 anos de dura luta armada de libertação nacional, dirigida pelo nosso líder imortal Amílcar Lopes Cabral (Glória Eterna!).
Que nenhum ator ou grupo de atores pense que é ganhador, o maior ganhador destas lutas democráticas é o povo. Se concordarmos com essa visão, veremos que nem a maioria parlamentar e muito menos a oposição deve vangloriar-se de seja qual for a conquista, mas sim adotar uma postura mais responsáveis.
Recomenda-se a humildade, a entrega total à causa nacional, mas também acompanhamento rigoroso e crítico da oposição para que a rapaziada saiba que está a servir o povo e não se servir.
Que todos os Guineenses nomeados para exercerem cargos de responsabilidade, ou eleitos, saibam que o povo está atento, e todos os atos de corrupção serão denunciados junto da Procuradoria-Geral da República.
Isso de trabalhar um ano e construir mansões ou encher as contas bancárias de milhões de FCFA, desviados dos fundos públicos impunemente, kila caba dja.
Deus abençoe a Guiné-Bissau!
Viva a Guinendadi!
Por: yanick Aerton
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