A Guiné-Bissau espera ver resolvidos até 2025 problemas das empresas estatais. Ilídio Vieira Té, responsável pela pasta das finanças do país, deslocou-se a Washington para participar nas Reuniões de Primavera 2024 do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial e admite ver já "uma luz verde no túnel" após o trabalho conjunto com o Banco Mundial.
O ministro das Finanças da Guiné-Bissau espera ver resolvidos os problemas das empresas estatais falidas "até 2025", admitindo ver já "uma luz verde no túnel" após o trabalho conjunto com o Banco Mundial.
Em entrevista à agência de notícias Lusa, em Washington, à margem das Reuniões de Primavera 2024 do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, Ilídio Vieira Té, considera que o contexto mundial tem um impacto avassalador no poder de compra dos guineenses.
Os preços dos produtos de primeira necessidade dispararam, o poder de compra ficou reduzido. E temos estado a empreender esforços para termos mais receitas e menos despesa. E que saia despesa de qualidade, a nível da infraestrutura, da educação, da saúde.
Apesar de a energia elétrica do país ser fornecida desde 2018 pela empresa turca Karpower, o Governo quer acabar com a dependência de uma única fonte de energia, salientando que já está em curso uma negociação com a companhia para reduzir para 17 megawatts a quantidade de energia fornecida.
No ano passado, a empresa turca chegou a cortar fornecimento da energia durante dois dias devido a uma dívida de 15 milhões de dólares (14 milhões de euros).
Ainda segundo Vieira Té, a perspectiva é que a Guiné-Bissau consiga "ainda mais apoio de outros países”, destacando que o dossier do país no FMI vai para o Conselho de Administração em maio próximo.
Já há uma luz verde no túnel que estamos a ver. Acho que, se calhar, daqui até 2025 vamos ter os problemas resolvidos.
Vieira Té assegurou que o executivo está a fazer "todo o esforço possível" para ajudar a população, com medidas como a subvenção de produtos de primeira necessidade, como o arroz ou o açúcar, apesar de o "Estado estar a perder muito dinheiro".
Contudo, o preço do arroz vai mesmo disparar na Guiné-Bissau após o Governo ter acabado com a subvenção estatal para moderar o custo ao consumidor e de acordo com os novos valores aprovados na sexta-feira 19 de Abril em Conselho de Ministros.
Por: RFI com Lusa
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