não valorizar seus líderes que lutaram pela independência contra o jugo
colonial;
não encontrar a beleza na mulher africana;
não se orgulhar do país e da sua cor;
não importar com as datas celebrativas.
Sendo último ponto o cerne dessa reflexão, cabe-me levantar algumas indagações;
a) supostamente nos finais do século XIX a princípio do XX foi institucionalizado um (1) de maio como dia internacional dos trabalhadores, por ocasião da reivindicação dos estadunidenses, assim sendo, quantos países africanos tinham suas independências, será que não haviam reivindicações?
b) O que aconteceu nos Estados Unidos pode ser comparado com Massacre di Pindjiguiti?
c) Pabia ku nô datas kata sedu internacional nin mundial, so diselis?
d) Para você enquanto cidadão da Guiné-Bissau, será que faz sentido celebrar um (1) de maio e desprezar três (3) de agosto, afinal quem luta pela sua existência?
e) Pabia ku nô ta selebra datas ku elis e kria, sin nô pensa?
Com esta súmula de indagações pretendo provocar uma profunda reflexão em volta da realidade africana. Aproveito o ensejo para apresentar outros questionamentos reflexivos com ligação ao tema proposto.
A Organização das Nações Unidas foi fundada em 1945 com a missão de criar paz entre as nações, por conseguinte, foi institucionalizado em 1948 o Direitos Humanos, assim;
1. Depois de 1945 quantos países africanos não tinham paz?
2. Depois de 1948 quantos países africanos estavam sendo invadidos
pelos criadores de Direitos Humanos?
3. Afinal, quem é considerado humano?
É preciso desenvolver uma racionalidade crítica sobre um (1) de maio, porque celebrar esta data e ignorar três (3) de agosto é mesmo que afirmar mindjor tugas kontinua ba li dipus di indipindensia.
“Guiné liberta, ma sosiedadi ka liberta”
Nô pensa!
Nkanande Ka, Mestre em História, professor universitário e Pan-africanista
afrocêntrico.
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