quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Primeiro Ministro disse que o Presidente da República está determinado que as eleições devem ser realizadas na data marcada _18 de Dezembro

Vídeo: Radio Voz Do Povo/Aliu Candé com Conosaba do Porto.

Governo guineense vai voltar a reunir-se com partidos para desenhar cronograma eleitoral
O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Nuno Gomes Nabiam, disse hoje que o Governo vai voltar a reunir-se com os partidos políticos para definir um cronograma eleitoral, depois destes considerarem impraticável a realização de legislativas em dezembro.

"O Governo não quer decidir isso sozinho queremos que haja uma participação de todos os atores neste processo. Temos de chegar a um consenso e só depois é que podemos apresentar ao Presidente da República para fazer um cronograma", afirmou Nuno Gomes Nabiam.

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, dissolveu em 16 de maio o parlamento da Guiné-Bissau e marcou eleições legislativas antecipadas para 18 de dezembro.

O primeiro-ministro guineense falava no final da reunião do Conselho de Ministros, que decorreu no Palácio da Presidência, em Bissau.

"Os partidos são os atores principais do processo, o Governo tem a responsabilidade de organizar as eleições, mas é importante trabalharmos com os atores principais que são os partidos políticos. Depois de chegarmos a um consenso estaremos em condições de apresentar ao Presidente um cronograma acertado com os políticos", insistiu.

O ministro da Administração Territorial da Guiné-Bissau, Fernando Gomes, admitiu na quarta-feira o adiamento das eleições, depois de um encontro com os partidos políticos com e sem assento parlamentar.

No encontro, os partidos consideraram ser difícil realizar eleições em 18 de dezembro.

O ministro explicou que as razões que estiveram na origem do atraso no início do processo eleitoral foi o facto de os partidos exigirem um recenseamento eleitoral de raiz e que a entrega dos cartões de eleitor fosse feita no ato de recenseamento, o que obrigou à aquisição de impressoras específicas, que só chegaram ao país em meados de setembro.

Os problemas de acessibilidade a algumas zonas do país, devido à época das chuvas, a sensibilidade dos materiais que não podem ser molhados e o facto de no interior do país muitas pessoas estarem nos campos agrícolas, foram outras das razões que levaram ao pedido de adiamento das eleições.

"Todos aqueles fatores levaram a que o processo eleitoral tivesse algumas dificuldades, mas o Governo trabalhou sempre para o cumprimento do dia 18 de dezembro", disse o ministro.

Os principais partidos políticos guineenses defenderam a realização de um recenseamento eleitoral de raiz, que segundo a lei deve durar cerca de três meses, mas, que até ao momento, ainda não começou.

Conosaba/Lusa

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