segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Polícia Judiciária: É CRUCIAL DOTAR ÓRGÃOS DE POLÍCIA CRIMINAL DE UM CENTRO ESPECIALIZADO PARA PARTILHA DE DADOS CRIMINAIS

A ministra da Justiça e dos Direitos Humanos afirmou, hoje, ser- crucial dotar os órgãos de Polícia criminal de um centro especializado destinado a processar e partilhar dados criminais.

“ (…) Será de todo benéfico dotar a polícia criminal de um centro destinado a processar e partilhar dados criminais, e assegurar uma interconexão permanente com outras polícias da sub-região, permitindo assim a troca de informações em tempo útil, bem como uma cooperação internacional mais profícua entre os órgãos de polícia criminal de toda a costa ocidental da África, na luta contra o crime organizado transnacional e o terrorismo”, diz a ministra.

Teresa Alexandrina que falava na abertura do primeiro curso de formação para os operadores do centro de processamento e partilha de dados, diz ainda que os órgãos da polícia criminal são elementos fundamentais do estado.

O encarregado do negócio da União Europeia, Pedro Saraiva, sublinhou que a segurança da Guiné-Bissau é a prioridade para sua organização. “ A Guiné-Bissau é um parceiro estratégico e privilegiada pala União Europeia e por isso, a sucesso e a segurança do país são o nosso sucesso. A união europeia vê a integração regional como pilar fundamental para o desenvolvimento socioeconómico em África e na África ocidental em particular”.

No entanto, a directora-adjunta da polícia Judiciaria, Cornélia Té, reconheceu que a Guiné-Bissau é um estado capturado pela criminalidade organizada.

“ As organizações criminosas actuam como um contra poder com objectivo de tornar as instituições do estado refém à sua própria vontade, aliás, a Guiné-Bissau é um estado capturado pela criminalidade organizada especialmente pelos tráficos de droga como consequências de uma longa de história de fragilidade caracterizada pela instabilidade cronica, instituições fracas e um conjunto de elite empenhados em controlar o estado para daí extrair receitas que depois são submetidas ao processo de branqueamento”, acrescentou.

O sistema de informação policial da África Ocidental (SIPAO) afigura-se oportuna e crucial para o momento que o país vive.

A formação com a duração de 15 dias destina-se aos agentes da polícia judiciária, das forças de segurança e da INTERPOL.

Por: Nautaran Marcos Có/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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