sábado, 15 de outubro de 2022

"Inundações na Guiné-Bissau devem-se a má política de ordenamento do território", Diz o Ministro do Ambiente e Biodiversidade da Guiné-Bissau

O ministro do Ambiente e Biodiversidade guineense, Viriato Soares Cassamá, considerou que as constantes inundações nas cidades e campos agrícolas na Guiné-Bissau são o resultado de uma má política de ordenamento do território.

Em entrevista à agência Lusa, o governante referiu que a Guiné-Bissau tem tido sucesso em várias ações em curso para mitigação e adaptação aos efeitos das mudanças climáticas, mas ainda assim continua a ser fustigada com inundações durante a época das chuvas.

O ministro guineense falava à Lusa no âmbito dos preparativos do país para a participação na COP27, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que vai ter lugar na cidade egípcia de Sharm El Sheikh, de 06 a 18 de novembro.

"O que se passa é uma má política do ordenamento do território. Sabemos que a Guiné-Bissau, no seu todo, é um país extremamente baixo. Tem uma altitude média de 50 a 60 metros, tirando as Colinas do Boé, que rondam os 200 metros", afirmou o ministro.

Viriato Soares Cassamá notou ainda que "o país sofre" com as inundações por não ter um sistema de escoamento de águas das chuvas que caem entre os meses de junho a outubro.

Os camponeses queixam-se sempre durante esse período de que os locais de lavoura estão inundados.

Nas zonas urbanas, são recorrentes inundações de habitações e de vias rodoviárias. O ministro deu o exemplo das inundações que ocorrem em Bissau Velho, zona antiga e baixa da capital guineense.

"Toda a rede de esgotos e de escoamento de águas que caem das chuvas na zona de Bissau Velho está inoperacional, é por isso que há sempre inundações naquela zona", notou o ministro do Ambiente e Biodiversidade da Guiné-Bissau.

Conosaba/Lusa

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