terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Presidente da Turquia cancela visita à Guiné-Bissau



O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, cancelou a visita à Guiné-Bissau, prevista para quarta-feira, devido à situação na Ucrânia, segundo a imprensa turca.

De acordo com a mesma fonte, Recep Tayyip Erdogan regressa ainda hoje a Ancara.

O Presidente turco devia realizar na quarta-feira uma visita de algumas horas a Bissau, mas a sua deslocação será "adiada" para data posterior, segundo a agência oficial Anadolu e a televisão turca.

Erdogan deslocava-se à Guiné-Bissau, depois de visitas à República Democrática do Congo e ao Senegal.

Em Bissau, Recep Tayyip Erdongan tinha previsto uma reunião com o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, por quem seria condecorado.

Estava igualmente prevista uma reunião entre delegações dos dois países para debater a cooperação bilateral.

A Presidência da Guiné-Bissau ainda não deu informação oficial sobre o cancelamento da visita, mas o gabinete de comunicação cancelou o ensaio técnico marcado para hoje, bem como o levantamento das credenciais para acompanhar a visita do Presidente turco.

O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou, na segunda-feira à noite, um decreto que reconhece as regiões separatistas de Lugansk e de Donetsk, no Donbass (leste), e ordenou a entrada das forças armadas russas naqueles territórios ucranianos numa missão de "manutenção da paz".

A decisão de Putin foi condenada pela generalidade dos países ocidentais, que temiam há meses que a Rússia invadisse novamente a Ucrânia, depois de ter anexado a península ucraniana da Crimeia em 2014.

Nesse ano, começou a guerra no Donbass entre os ucranianos e os separatistas pró-russos de Donetsk e Lugansk apoiados por Moscovo, que provocou, desde então, mais de 14.000 mortos e 1,5 milhões de deslocados, segundo a ONU.

Após ter falado ao telefone com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, o Presidente turco condenou a decisão de Putin e referiu que "a Turquia se opõe a qualquer decisão que coloque em causa a integridade territorial da Ucrânia" e defendeu que "todas as vias diplomáticas devem ser exploradas para encontrar uma solução" para esta crise.

Conosaba/Lusa 

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