quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Guiné-Bissau ainda por ratificar tratado da zona livre de trocas comerciais





A diretora do Escritório Regional da Comissão Económica para a África (CEA) afirmou que a Guiné-Bissau está entre os dois dos 15 países que ainda não ratificou o tratado sobre a Zona de Livre Trocas Comerciais em África.

Ngoné Diop que falava, ao Nô Pintcha, à margem de uma reunião da sua organização com a Rede de Jornalistas Económicos da África Ocidental, em Lomé, entre os dias 15 e 16 deste mês, explicou que apenas oito destes países é que elaboram a estratégia nacional sobre a ZLECAF, sigla em francês.

A diplomata senegalesa explicou que a CEDEAO também formalizou uma estratégia regional que acompanha e estimula os planos nacionais, para permitir os respetivos Estados identificar setores promissores sobre a base comparativa do benéfico participativo que a população possa tirar da ZLECAF.

Nesta ordem de ideia, declarou que a sua organização apoia os países membros a formalizarem os respetivos planos nacionais, permitindo a organização e articulação dos documentos estratégicos de desenvolvimento a curto e médio prazo.

Missão da CEA

A responsável do Escritório Regional da CEA disse que a organização que representa na sub-região tem duplo mandato no continente africano, nomeadamente apoiar os 15 Estados membros da CEDEAO a acelerar a captura do dividendo demográfico e apoiar a acelerar a integração regional.

Estes desafios, segundo Ngoné Diop, visam proporcionar investimentos em vários domínios, com destaque para o setor de saúde, emprego nas áreas produtivas e a governação socioeconómico.

A senegalesa lembrou que mais de 70 por cento da população da África Ocidental são jovens, pelo que os respetivos Estados devem começar a pensar nas políticas juvenis.

Relativamente ao segundo mandato, Diop afirmou que é indispensável que a matéria-prima da África seja transformada localmente para dar um valor acrescentado ao produto e permitir a criação de mão de obra local.

Segundo Ngoné Diop, este desafio deve ser assumido por todos Estados membros, porque é tido pela CEDEAO na sua visão 25 anos, como uma marca de confiança.

Igualmente, explicou que a sua organização apoia os países no reforço de capacidade dos peritos nacionais para melhorar as suas prestações no processo de planificação, com vista à utilização razoável dos recursos.

Transformação do orçamento clássico

Decorre de 21 a 25 fevereiro, Costa de Marfim, um seminário sobre a transformação do orçamento clássico num orçamento funcional e sensível ao dividendo demográfico.

O encontro, que juntou peritos do Benim, Burquina Faso, Costa do Marfim, Níger, Senegal e Togo, visa contribuir na melhoria da qualidade dos exercícios de orientação estratégica de planeamento orçamental para permitir a realização dos principais objetivos de desenvolvimento.

O desafio é formar os participantes na metodologia de transformação do orçamento clássico num cálculo funcional sensíveis ao dividendo demográfico e são beneficiados cerca de 50 participantes de diferentes direções-gerais do Orçamento e Institutos Nacionais de Estatísticas, assim como dos Observatórios Nacionais de seis países membros da CEDEAO.

Seco Baldé Vieira, enviado especial
Conosaba/jornalnopintcha

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