quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

PARLAMENTO NACIONAL INFANTIL, PREOCUPADA COM ABANDONO ESCOLAR NA GUINÉ-BISSAU

O Parlamento Nacional Infantil (PNI) denuncia que o abono escolar está a aumentar na Guiné-Bissau e numa altura em que se aproxima a campanha de comercialização da castanha de caju.

A denúncia feita, esta quarta-feira (23), pelo vice-presidente do parlamento durante uma conferência de imprensa que visa pronunciar sobre o abono escolar ao nível do país no período que as aulas estão a decorrem.

Na passada 16 de fevereiro, foi denunciada que, na região de Bafatá e no setor de Mansabá, quase mil e quinhentas (1.500) crianças estão nas barracas de circuncisão em pleno ano letivo.

Perante esta situação a Vice-presidente do PNI, Djara Djalo, apela os pais e encarregados da educação a trabalharem para que os seus educandos não abandonem a sala de aula.

“Que os nossos pais nos deem a oportunidade. Só queremos viver bem e tranquilas para desenvolver todas as nossas potencialidades num clima de paz e tranquilidade”, exortam as crianças guineenses.

Em relação ao abono de aulas verificado neste período, a vice-presidente do parlamento quer o engajamento rápido e sério das autoridades do país no sentido de resolverem a situação.

“Exortamos aos nossos pais e encarregados de educação e o nosso Estado para que este problema seja resolvido e que esta seja a ultima vez que esta situação acontece em pleno ano letivo”, sustenta a porta-voz do PNI.

Questionado se o parlamento já está a pensar em emitir uma queixa-crime contra os atores deste atos, Djara Djalo disse que o assunto já é do conhecimento das autoridades judiciais.

“Que seja tomada alguma decisão para que estas crianças voltem às salas de aulas porque lá é o lugar onde merecem ficar”, insta.

Nos últimos meses tem-se aumentado também a denúncia da violação de vários direitos da criança, desde o acesso à escola, educação e proteção.

Na semana passada, na ilha de Bolama, uma família denunciou que um homem de quase 58 anos de idade teria violado sexualmente uma criança de 13 anos de idade. Na sequência do abuso a criança ficou gravida e o caso já está na justiça.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Marcelino Iambi/radiosolmansi com Conosaba do Porto
Imagem: Internet

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