quarta-feira, 12 de maio de 2021

TRIBUNAL DE CONTAS ANUNCIA QUE MAIS DE 2 BILIÕES DE FRANCOS CFA NÃO SÃO JUSTIFICADOS NO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA



O presidente do Tribunal de Contas anuncia que existe uma soma de quase 2 biliões de francos cfa ainda não justificados nas contas do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural e, no entanto, pede tomada de medidas sérias.

O valor em causa foi anunciado, esta quarta-feira (12 de Maio de 2021), pelo presidente da magistratura financeira, Dionísio Cabi, após a entrega do relatório da auditoria realizada neste pelouro no primeiro semestre de 2019.

“Os valores ascendem o 1bilhão, novecentos e sessenta e quatro milhões, duzentos e noventa e um mil e quarenta e sete francos cfa”, anuncia.

Na mesma ocasião, Dionísio Cabi disse que as conclusões e as recomendações dos relatórios apresentados poderão servir de instrumentos para a adopção de algumas medidas necessárias e urgentes a tomar no ministério da agricultura.

Cabi convidou o titular da pasta da agricultura a tomada de posição para mudança de tendência negativa que encorajam a corrupção no sector agrícola.

“Sendo a agricultura o sector importante para o arranque efectivo do desenvolvimento económico da Guiné-Bissau, é urgente e crucial a tomada de posição séria para mudança de tendências negativas que encorajam a corrupção no sector agrícola sob pena de nunca encontrarmos o caminho para o almejado desenvolvimento”, exorta.

Já o ministro de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Marciano Silva Barbeiro, assegurou que agora cabe aos técnicos da agricultura velar pelos resultados e recomendações feitas nos relatórios ora recebido.

O ministro admite que o Ministério que dirige é a base para o desenvolvimento do nacional, e por isso deve ser um Ministério constituído de quadros e cidadãos “mais honestos possível” no quadro da administração pública.

Entretanto, Dionísio Cabi, presidente do Tribunal de Contas, afirmou que, apesar das contribuições que o Tribunal de Contas tem vindo a dar para a melhoria da actuação administrativa e financeira das entidades públicas, ainda surgem casos “bastante graves” capazes de minar os esforços da mitigação do fenómeno da corrupção nas instituições públicas.

“Medidas urgentes têm que ser tomadas para estancar este flagelo”, exorta.

De acordo com alguns dados estatísticos disponíveis, 80% da população activa guineense pratica a agricultura e 50% do Produto Interno Bruto (PIB) provem do sector agrícola. Segundo ainda a mesma fonte, a agricultura é a chave para o desenvolvimento económico da Guiné-Bissau.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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