segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Recursos haliêuticos/Celebrado Dia Mundial das Pescas

 

Bissau,23 Nov 20(ANG) – O ministro das Pescas afirmou que o sector representa uma componente fundamental da economia da Guiné-Bissau porquanto contribui na segurança alimentar das populações da faixa litoral e da parte continental do país.

“Hoje, celebra-se em todo o Mundo, o Dia Mundial das Pescas. A data de 21 de Novembro de 1998, foi instituída para este evento que estamos aqui a celebrar, na cidade de Nova Deli(índia)”, explicou Malam Sambú.

O governante sublinhou que, o lema do ano em curso, escolhido pelo Ministério das Pescas para comemorar  a data é “Pesca Responsável, Base de Aumento da Produção Pesqueira e Desenvolvimento”, disse.

Malam Sambú salientou que o referido lema é relevante na perspetiva de consciencializar os actores que actuam directamente na actividade pesqueira, tanto na área industrial como artesanal, sobre a necessidade de promover e consolidar  práticas pesqueiras responsáveis e sustentáveis para a preservação dos ecossistemas marinhos.

Disse que a Guiné-Bissau assim como a maior parte dos Estados ribeirinhos africanos vive e depende, em grande medida, do mar e dos seus recursos, frisando que a configuração do seu território explica exactamente essa ligação intrínseca com o mar.

“Senão vejamos: a linha da costa da Guiné-Bissau tem cerca de 280 quilómetros de cumprimento e ao longo dessa linha , o país  dispõe das maiores áreas de plataforma continental na África Ocidental, cobrindo aproximadamente 45 mil quilómetros dos 150 mil da sua Zona Económica Exclusiva”, explicou.

Malam Sambú disse que, em relação aos outros países da África Ocidental, a referida Plataforma Continental é excecionalmente vasta com a profundidade de 20 metros e que alongam até 80 quilómetros de mar dentro.

Aquele responsável afirmou que os ecossistemas marinhos nas águas da Guiné-Bissau são apropriados para alimentar e apoiar os recursos haliêuticos diversos e abundantes.

Referiu  que, de acordo com os estudos científicos, os estuários e ilhas ao longo da linha costeira do país, suportam níveis significativos da biodiversidade marinha nomeadamente no arquipélago dos bijagós.

O governante destacou que as suas águas ricas suportam diversas faunas marinhas  incluindo espécies de peixes, crustáceos e moluscos, cinco espécies de tartarugas, mamíferos marinhos, golfinhos, tubarões, crocodilos entre outros.

Para o técnico do Ministério das Pescas, Mário Dias Sami  a prática de pesca  ilegal ou não regulamentada deve agora constituir crime para aqueles que as praticam.

Segundo esse quadro sénior do Ministério das Pescas, a Guiné-Bissau é dos países que desde cedo pensou em políticas de repouso biológico, cuja implementação se evidenciou com o lançamento do   Projecto de Desenvolvimento do Rio Grande de Buba.

Dias Sami sublinhou que, foi á partir daí que o projecto gestão da biodiversidade da zona costeira da Guiné-Bissau criou as zonas de reservas de pesca, nomeadamente no Rio Grande de Buba, do Rio Cacine e Cacheu.

“Portanto, nós designamos essas zonas como áreas ecologicamente frágeis e sensíveis porque são zonas de reprodução e crescimento  dos peixes”, explicou Dias Sami.

ANG/ÂC//SG/Conosaba

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