A ministra da Mulher Família e Solidariedade Social afirmou, hoje, que o fenómeno de radicalismo e de extremismo violento constitui um dos maiores desafios que a humanidade enfrenta nos dias que correm.
“O fenómeno do radicalismo e extremismo violento constitui um dos maiores desafios que a humanidade enfrenta nos dias que correm, em consequência das suas implicações na desestruturação dos tecidos económicos, sociais e culturais das nações”, afirmou a governante que falava na abertura de uma formação destinada aos líderes Islâmicos, no domínio da prevenção do radicalismo e extremismo violento, organizado pela Liga Guineense dos Direitos Humano (LGDH) em parceria com o Instituto Marquês do Valle Flor, no âmbito do projeto “Observatório da Paz”.
Maria da Conceição Évora assegurou por outro lado que, “a luta pelo reforço da coesão nacional utilizando o diálogo construtivo como estratégia de resolução de conflitos, constitui uma ferramenta poderosa para criar as barreiras às iniciativas desestabilizadoras seja de que proveniência for”.
Em entrevista aos jornalistas à margem do encontro, o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Augusto Mário da Silva, afirma que o país é conhecido pelo grau de tolerância, mas isso não impede a adoção e mecanismo de prevenção para evitar a futura eventualidade.
“O nosso país é conhecido pelo grau de tolerância, pelo nível da convivência pacífica entre deferente grupos étnicos e confissões religiosas, mas isto, não nos impede de começar a adoptar medidas e mecanismos de prevenção para evitar que no futuro esta situação que já está a afetar alguns países aqui próximo também possa vir a ter alguns efeito ou consequência aqui na Guiné-Bissau”, afirmou.
A região do Shael tem vindo a sofrer com a crescente insegurança que agravou certas fragilidades existentes. A situação espalhou-se para além das fronteiras do Shael e, hoje assistimos uma situação regional multidimensional, com vertentes económico, social, política e humana que se estendem para o Mali, Burkina Faso e Níger.
Segundo o Chefe da Secção Política da União Europeia na Guiné-Bissau, Pedro Saraiva, a situação também afeta os países costeiros da África Ocidental.
“A situação também afeta atualmente os países costeiro da África Ocidental, correm o risco de ver esse conflito a alastrar-se a essa geografia, situação essa que devemos monitorizar com maior cuidado e proximidade para conter as repercussões da insegurança, apoiando assim um arco de estabilidade na vizinhança do Shael, incluindo os países da costa atlântica ocidental”, assegurou.
O vice-presidente da União Nacional dos Imames, Mussa Buaro, avisou que “não existe espaço na religião Islâmica para o extremismo violento, porque a religião Islâmica é como o seu próprio nome, uma religião de paz, da harmonia e do humanismo”.
No entender do Secretário-geral do Conselho Nacional Islâmico, Sene Sissé os políticos sãos os principais responsáveis pelo conflito étnico no país.
O encontro do género já foi organizado com os líderes católicos e jornalistas com o mesmo propósito, que é de capacitá-los na questão da prevenção do radicalismo e extremismo violento no âmbito do projecto “Observatório da Paz”.
Por: Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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