O presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, anunciou esta segunda-feira, 16 de janeiro de 2023, a realização de um seminário em Bissau sobre a moeda “ECO”. O evento vai reunir 120 deputados do Parlamento da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), de 24 a 26 de janeiro do ano em curso, para analisar os trabalhos realizados no âmbito da criação de uma moeda única.
Cassamá, acompanhado da quarta vice-presidente do Parlamento da CEDEAO e de um membro da Comissão macroeconómica daquela organização sub-regional, fez este anúncio aos jornalistas à saída de uma audiência com o chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, a quem convidou para presidir à abertura do seminário, na qualidade de Presidente em exercício da Conferência dos Chefes de Estado e do Governo da CEDEAO.
Os chefes de Estado da CEDEAO adotaram formalmente, em junho de 2019, o “ECO” a moeda única dos 15 países daquela organização sub-regional, cujo lançamento tinha sido previsto para 2020 e que, por causa da pandemia do novo coronavírus, foi reportado para 2027, através de um novo roteiro adotado pelos chefes de Estado em junho de 2021, em Acra, capital do Gana.
O líder do Parlamento guineense explicou que a audiência com o Presidente Embaló visou convidá-lo para dirigir mensagens aos parlamentares da comunidade oeste africana em dois eventos.
“Recebi uma carta do meu colega o presidente do Parlamento da CEDEAO, que virá no dia 22 deste mês acompanhado de 120 deputados da CEDEAO para o seminário que terá lugar de 24 a 26 deste mês” disse, para de seguida, informar que o país vai acolher também uma sessão extraordinária do Parlamento da CEDEAO para análise e adoção do projeto de atividades durante o ano.
“O Presidente da República é o Presidente em exercício da CEDEAO e pensamos que vai honrar-nos com a sua presença nestes dois grandes eventos a serem realizados em Bissau. É importante informar à comunicação social que é um evento grande que vai dar muita visibilidade ao nosso país e também a nível internacional, às atividades do nosso Parlamento, no quadro de uma diplomacia parlamentar que estamos a exercer neste momento” contou, avançando que o Presidente da República já aceitou o convite e que estará com eles nos dois eventos.
Solicitado a pronunciar-se sobre a contestação do PAIGC que diz que o assunto da Comissão Nacional de Eleição (CNE) não está encerrado, Cipriano Cassamá assegurou que não foi ao Palácio da República resolver o problema da CNE.
“Sobre a CNE só é possível ter uma solução se houver um consenso dos partidos políticos”, advertiu o presidente da Assembleia Nacional Popular.
Refira-se que a CEDEAO foi criada em maio de 1975 pelo tratado de Lagos (antiga capital federal da Nigéria, agora capital económica), por um grupo de 15 países a saber: Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conakry, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Serra Leoa, Senegal e o Togo. O mandato da organização é promover a integração económica em todas as áreas de atividade dos Estados-membros.
Por: Aguinaldo Ampa
Conosaba/odemocratagb
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