O chefe de Estado guineense, José Mário Vaz nega o alegado envolvimento da sua família, em particular do seu filho, no abate de árvores e exportação de toros na Guiné-Bissau.
“O sector de madeira nunca foi o negócio da minha família. Não conheço esse negócio. O meu filho não está metido nele e fiquei triste pelas acusações a que fui alvo”.
Segundo José Mário Vaz, um dos principais problemas dos guineenses é a inveja.
“A árvore já está no chão e qual é o problema? Já não se pode reergue-la”, disse José Mário Vaz em tom de voz exaltado.
A 7 deste mês, o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, apontou o Presidente da República como um dos responsáveis pelo resgate à banca privada da Guiné-Bissau, realizado em 2015, no valor de 52 milhões de euros.
José Mário Vaz admite ter solicitado ao banco BAO um empréstimo financeiro para compra da Casa-Escada e que na operação de resgate à banca, a sua dívida foi a única que não foi comprada pelo então governo de Carlos Correia.
Numa intervenção feita nesta quarta-feira no Palácio da Republica, à margem de um encontro com a Associação dos Madeireiros, José Mário Vaz aproveitou para responder a algumas acusações de que foi alvo ultimamente.
Para Vaz, os guineenses continuam a brincar com o país, sem interesse no desenvolvimento.
O chefe de Estado disse que a crise persiste porque há interesses “muito fortes” em jogo e garante que desta vez a crise vai ser resolvida de uma vez por todas.
“Não estou aqui por causa do voto de apenas uma pessoa, mas de votos de filhos da Guiné. O país não pode continuar desse jeito. Quem tiver os seus problemas pessoais que vá lá resolver e deixe andar o país."
Clube De Ouvintes Da Rádio Jovem Bissau com Conosaba
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