terça-feira, 31 de outubro de 2017

ACNUR APOIA REFUGIADOS E COMUNIDADES LOCAIS NO NORTE DA GUINÉ-BISSAU

Janaína Galvão, representante do Acnur. Foto: ONU News/Amatijane Candé


Prioridades da agência são dar acesso a meios de subsistência e nutrição adequada; série de fatores é essencial para a segurança e o bem-estar dos que foram obrigados a fugir do Senegal; Acnur opera na Guiné-Bissau desde 2010.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, Acnur, apoia as populações rurais de mais de meia centena de aldeias na região de Cacheu, norte da Guiné-Bissau, na criação de planos sustentáveis de subsistência rural.

Cerca de 9 mil refugiados do Senegal vivem na região limítrofe, segundo dados oficiais.

Intervenções

No âmbito de promoção da recuperação económica e autossuficiência dos refugiados e comunidades locais, o Acnur financiou também o relançamento da horticultura através de construção de poços para a jardinagem e distribuição de sementes.

Em declarações à ONU News, a responsável da agência para Soluções Duráveis, Janaína Galvão, disse que este ano 12 comunidades já beneficiaram de sementes e cerca de 6 mil ferramentas para as atividades hortícolas.

"Distribuímos mais de uma tonelada de sementes para atividades de horticultura, construímos 34 poços para jardinagem, distribuímos 23 motorizadas para facilitar o aceso aos mercados locais, 29 descascadoras de arroz para liberar as mulheres do trabalho manual pesado. Inúmeros treinamentos também foram oferecidos nesta área".

Perspetivas

Outros apoios do Alto Comissariado às comunidades do norte são: a criação de grupos de poupança comunitária, acesso a treinamentos vocacionais e subvenções em dinheiro para atividades geradoras de rendimento.

A responsável realçou o mandato do Acnur à luz da cooperação com o governo guineense.

"Depois de fugir de guerra ou perseguição, a oportunidade de trabalhar e ganhar a vida é uma das formas mais eficazes das pessoas reconstruírem suas vidas com dignidade e em paz. O Acnur ajuda as pessoas deslocadas a se tornar independentes, desenvolver suas habilidades e conhecimentos e facilitar o acesso aos recursos, formações, bens, serviços e mercados".

Integração

Apesar do número de beneficiários fugidos de confrontos no sul do Senegal, não existem campos de refugiados no norte do país.

Refugiados foram absorvidos pelas comunidades locais com os quais partilham os mesmos valores étnicos ou culturais.

A intervenção da agência está alinhada à declaração de Nova Iorque para refugiados e migrantes, um conjunto de compromissos adotado pela Assembleia Geral da ONU em 2016.

Os Estados-membros reafirmam a importância do regime internacional dos refugiados, através do fortalecimento e do aperfeiçoamento dos mecanismos da sua proteção.

Conosaba/Amatijane Candé, de Bissau para a ONU News.

DEPUTADOS DA NAÇÃO GUINEENSE CAPACITADOS NA MATÉRIA DE REGISTO CIVIL DE NASCIMENTO



A comissão especializada permanente de Assembleia Nacional Popular para mulher e criança em parceria com o ministério da justiça promoveu esta terça-feira, (31 de Outubro) um seminário de sensibilização aos deputados da nação sobre a importância do registo civil e sua utilidade.

A cerimónia de abertura do encontro foi presidida pela segunda secretária de Assembleia Dan Yala que na ocasião afirmou que administração colonial não permitiu que todos os cidadãos guineenses tivessem seus registos de nascimento.

«A administração colonial portuguesa e factores culturais não permitiram que todos os cidadão guineenses tivessem o acesso ao registo de nascimento porque depois da independência pouca franja da sociedade tivesse seus dados de nascimento e parentais escritos num acento de nascimento. Essa situação constrangedora e indigna para um cidadão, foi espelho da sociedade guineense durante largos tempos e permitiu conhecer pessoas adultas sem qualquer registo de sua existência na sociedade onde nasceu e cresceu», defendeu a deputada. 

Por seu lado, o director de serviço de identificação civil Joãozinho Mendes sublinhou que qualquer país que se respeite deve ter seu próprio sistema de registo civil além de bem organizado tem que ser padronizado. “ O padrão que a GB tem de registo civil, é velho, está ainda no código de registo civil que remonta Guiné portuguesa e que está em vigor por força da lei de 1970”, conta.

Entretanto, a representante da UNICEF no país Christine Jaulmes reconheceu que taxa de registo de criança nascida no país, ainda é muito baixa. “ Infelizmente, a taxa de registo de crianças nascida no país, ainda é muito baixa, situando-se nos 24 porcento, de acordo com os dados do relatório MICS2014”, diz a representante do UNICEF.

O seminário terá a duração de um dia.

Por: Nautaran Marcos Có/radiosolmansi com Conosaba

«DERAM-LHE COMO MORTO» FAMILIARES AFIRMAM QUE PRIMEIRO CHEFE DE ESTADO-MAIOR DAS FORÇAS ARMADAS ESTÁ VIVO


Primeiro chefe de Estado-Maior das Forças Armadas Angolanas está vivo - familiares

O primeiro chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas, general João Baptista de Matos, está vivo, divulgou hoje a Televisão Pública de Angola (TPA), que cita fontes familiares para desmentir notícias da sua morte.

As informações sobre a suposta morte de João Baptista de Matos, de 62 anos, começou hoje a circular em Luanda nas redes sociais, tendo vários órgãos de comunicação social da imprensa local divulgado a notícia.

Na sua informação inicial, a Televisão Pública de Angola referiu que João Baptista de Matos tinha falecido, em Espanha, devido a doença prolongada.

"Tomamos conhecimento oficial por parte dos familiares que esta notícia não corresponde à verdade, o que aproveitamos esta oportunidade para em nome da nossa televisão pedir as nossas sinceras desculpas e reforçar que, de acordo com fontes familiares, que ele está em vida", salientou.

Também uma nota de esclarecimento do Estado-Maior General das Forças Armadas de Angola, lida pela televisão pública angolana, sublinha que "é infundada e desprovida de verdade" as notícias que avançaram a morte do general João de Matos.

João Baptista de Matos, um dos mais conceituados generais das Forças Armadas Angolanas, que ajudou a criar, a 09 de outubro de 1991, liderou a força militar angolana enviada para a República Democrática do Congo, a pedido do então Presidente Laurent-Desiré Kabila, na guerra civil que atingiu o país vizinho, em 1998.

Foi chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas entre 1991 (antes das primeiras eleições angolanas) e 1999.

Conosaba/Lusa



UNICEF ALERTA PARA NECESSIDADE DE REGISTO DE NASCIMENTO DAS CRIANÇAS NA GUINÉ.BISSAU


O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) alertou hoje para a necessidade de se fazer o registo de nascimento na Guiné-Bissau, sublinhando que sem registo as crianças são invisíveis aos "olhos do Estado".

"Sem o registo de nascimento, a criança torna-se invisível aos olhos do Estado", afirmou a representante da UNICEF na Guiné-Bissau, Christine Jaulmes, salientando que a taxa de registo de nascimento no país é de apenas 24%.

A representante da UNICEF falava na abertura de um seminário no parlamento sobre a importância da realização do registo de nascimento.

"O registo de nascimento é o documento de base para que toda a criança adquira um nome, uma nacionalidade e a salvaguarda de muitos dos seus direitos económicos, civis, políticos, sociais, culturais e atribui a proteção contra todas as formas de abusos e exploração", disse Christine Jaulmes.

A conferência foi promovida pela Comissão Especializada Permanente da Mulher e da Criança do parlamento guineense, em parceria com o Ministério da Justiça e o Fundo da Consolidação da Paz.

Durante o encontro, que termina hoje, os deputados vão debater temas como o quadro legal do registo de nascimento, a importância do registo e a sua utilidade e as estratégias da UNICEF para ajudar as autoridades guineenses a combater a falta de registo.

Conosaba/Lusa


CARLOS GOMES JÚNIOR PODERÁ REGRESSAR EM BREVE À GUINÉ-BISSAU - MOVIMENTO CÍVICO


O antigo primeiro-ministro da Guiné-Bissau Carlos Gomes Júnior e o líder do Partido de Solidariedade e Trabalho Iancuba Djola Indjai deverão regressar ao país em breve, disse hoje Fernando Gomes.

Fernando Gomes
"É convicção do movimento que estão reunidas as condições mínimas para regressarem ao país em segurança", afirmou Fernando Gomes, do Movimento Nacional Cívico "Vamos juntar as mãos para os filhos regressarem a casa".

Falando aos jornalistas em conferência de imprensa, após um encontro com o primeiro-ministro guineense, Umaro Sissoco Embaló, e o presidente do parlamento, Cipriano Cassamá, Fernando Gomes disse ter recebido garantias para o regresso ao país dos dois homens, que deixaram a Guiné-Bissau após o golpe de Estado de 2012.

"O primeiro-ministro disse que está disposto a acionar todos os mecanismos necessários para garantir a segurança daqueles cidadãos. Aliás, segundo o primeiro-ministro, é um dever do Estado e pediu para transmitir que podem voltar com a certeza que o Governo vai tentar garantir a segurança deles", afirmou.

Questionado pela Lusa sobre as datas previstas para o regresso do antigo primeiro-ministro e de Iancuba Djola Indjai, Fernando Gomes preferiu não avançar uma data.

"O que posso confirmar é que o regresso dos exilados é para breve e logo anunciarei as datas de regresso de cada um", disse.

Conosaba/Lusa

Iancuba Djola Indjai

MORREU PRIMEIRO CHEFE DO ESTADO-MAIOR GENERAL DAS FORÇAS ARMADAS ANGOLANAS


O primeiro chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas, general João Baptista de Matos, morreu em Espanha, aos 62 anos, vítima de doença prolongada, noticiou hoje a televisão estatal angolana.




General estava internado em Espanha, a receber tratamento a doença prolongada.

João Baptista de Matos foi um dos mais conceituados generais das Forças Armadas Angolanas, que ajudou a criar, a 09 de outubro de 1991, e vivia entre Espanha e Angola há vários anos, sendo públicas as participações que detinha em várias empresas.

Chegou a liderar a força militar angolana enviada para a República Democrática do Congo, a pedido do então Presidente Laurent-Désiré Kabila, na guerra civil que atingiu o país vizinho, em 1998.

Foi chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas entre 1991 (antes das primeiras eleições angolanas) e 1999.

Conosaba/abola


EMISSÕES DA RDP E DA RTP NA GUINÉ-BISSAU RETOMADAS A 08 DE NOVEMBRO



As emissões da RDP e da RTP África na Guiné-Bissau vão ser retomadas a 08 de novembro, anunciaram hoje os ministros da tutela guineense e português, após terem assinado um acordo político nesse sentido.

A decisão foi anunciada pelo ministro da Cultura português, António Castro Mendes, e pelo ministro da Comunicação Social guineense, Vítor Pereira, após uma reunião realizada hoje em Lisboa.

Em declarações aos jornalistas no final, os dois ministros indicaram que foi criada uma comissão luso-guineense que vai definir agora os passos a dar para que todos os aspetos ligados à renovação do acordo nessa área entre os dois países sejam reanalisados e renovados.

As autoridades guineenses anunciaram a 30 de junho último a suspensão das emissões da rádio e televisão públicas portuguesas, exigindo uma renegociação com o Governo português do acordo na área da comunicação social entre os dois países.

Conosaba/Lusa

«DJAMBACATAN» PJ APREENDE MAIS DE UMA TONELADA DE COCAÍNA A BORDO DE PORTA-CONTENTORES NO ATLÂNTICO



A Polícia Judiciária apreendeu mais de uma tonelada de cocaína a bordo de um porta-contentores em pleno Oceano Atlântico e deteve 17 homens que seguiam na embarcação, por suspeitas de pertencerem a uma rede criminosa, anunciou a PJ.

Em comunicado, a PJ acrescenta que a operação de combate ao tráfico de estupefacientes, levada a cabo nos últimos dias através da através da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes, contou com a colaboração da Marinha e da Força Aérea portuguesas.

O porta-contentores estava a ser utilizado no transporte da cocaína e foi conduzido a território nacional e apreendido.

Segundo a PJ, os 17 homens detidos, "de acordo com os elementos probatórios coligidos pela investigação, integrarão uma organização criminosa de dimensão transnacional implantada em diversos países de diferentes continentes".

A cocaína apreendida a bordo da embarcação, com um peso total aproximado de 1.130 kg, estava a ser transportada da América Latina para o continente europeu, destinando-se depois a ser distribuída por distintos países.

"Esta operação resulta de uma investigação iniciada recentemente pela Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da Polícia Judiciária, na sequência de troca de informações no quadro do Maritime Analysis and Operations Centre - Narcotics (MAOC-N), com sede em Lisboa", explica a PJ.

Os detidos têm idades compreendidas entre os 24 e os 63 anos e foram presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação de medidas de coação.

A investigação prossegue a cargo da Polícia Judiciária, em cooperação com as autoridades de outros países, designadamente de França e do Reino Unido.

Conosaba/Lusa


segunda-feira, 30 de outubro de 2017

TRIBUNAL REGIONAL DE BISSAU ANULA DESPACHO DE EXONERAÇÃO DE MARCIANO MENDES


O mandatário judicial do antigo director executivo do Fundo de Conservação Rodoviária considera, esta segunda-feira (30 de Outubro), que o Tribunal Regional de Bissau decidiu anular o despacho Nº24 do gabinete do Ministro das Obras Públicas Construção Urbanismo de 2016 que exonerou o antigo director, Marciano Mendes

O caso de Marciano Mendes criou polémica no ano passado por ter denunciado alegadas irregularidades cometidas pelo então ministro das Obras Públicas, Construções e Urbanismo, na utilização de fundos destinados à reabilitação pontual das rodovias da capital.

Em conferência de imprensa realizada, no escritório de Advocacia & Consultoria Jurídica, o advogado, Halen Armando Napoco, afirma que Marciano Mendes é por direito o director executivo do Fundo Rodoviária uma vez que a nomeação feita nesta instituição é ilegal.

O ex-director executivo de Fundo de Conservação Rodoviária, Marciano Mendes, foi afastado por despacho nº24 do gabinete do então Ministro das Obras Públicas Construção Urbanismo Malam Banjai em 2016.

Perante a decisão do tribunal, Halen Armando Napoco exorta ao actual ministro das obras públicas o cumprimento da decisão do Tribunal uma vez que “não há outro caminho”.

Segundo o advogado, Halen Armando Napoco, o ministério das Obras Públicas Construção Urbanismo não tem competência de nomear e exonerar o director Executivo de Fundo de Conservação Rodoviária.

O Conselho de Ministros, na altura, deu orientações ao ministro das Obras Pública para exonerar Marciano Mendes das funções do director executivo do Fundo Rodoviário por alegado “desvio de fundos e de administração danosa”.

Por: Marcelino Iambi/radiosolmansi com Conosaba do Porto

MICK JAGGER TEM UMA NOVA NAMORADA 52 ANOS MAIS NOVA DO QUE ELE!

Nova namorada de Mick Jagger é 52 anos mais nova que ele - Reprodução/Twitter 


Em dezembro, Mick Jagger tornou-se pai pela oitava vez. Separado da mãe da criança, o cantor dos Rolling Stones encontrou amor nos braços de uma mulher ainda mais jovem.

A sortuda é Noor Alfallah. Ela é uma produtora de cinema de 22 anos, 52 anos mais jovem que Mick Jagger, de 74 anos.
Ela é ainda mais nova do que uma das filhas de 25 anos de Mick Jagger, Georgia.

"Mick ainda tem esse encanto lendário, mas até mesmo o grupo ficou surpreendido que uma pessoa tão jovem e bonita como Noor o ter vindo ver em Paris. Ambos são solteiros e parecem divertir-se muito juntos. Mick não mostra nenhum sinal de fraqueza " indica uma fonte próxima.

Os dois encontraram-se durante uma série de concertos feitos pelos Rolling Stones em França.


Além de ser pai de oito crianças, a lenda do rock também é três vezes avô e bisavô desde 2014.

O rock parece que conserva bem!

Conosaba/.vamoslaportugal.


N´donandé Kansaré

«POLÍTICA» LÍDR DA UPG DIZ QUE ACORDO DE CONACRI NÃO APONTA SOLUÇÕES CLARAS PARA A SAÍDA DA CRISE



Bissau,30 Out 17(ANG) – O líder do partido União Patriótica Guineense(UPG), afirmou que o Acordo de Conacri não aponta soluções muito claras para a saída da actaul crise política que assola o país.

Fernando Vaz em declarações exclusivas à ANG, disse contudo que a primeira solução que devia contar, bastante clara e inequívoca, era a nomeação de um primeiro-ministro de consenso.

“Falou-se em três nomes e o próprio Acordo não traz qual dos três foi escolhido pelos signatários. Daí ter gerado logo a chegada à Bissau várias interpretações dos subscritores. O que não abonou em nada que o Acordo de Conacri fosse um instrumento credível e que pudesse possibilitar a solução da crise”, explicou.

Fernando Vaz disse que o Acordo de Conacri falhou ao não indicar de forma clara um nome entre os três escolhidos para as funções de primeiro-ministro.

Se não o faz, deixa em aberto aquilo que era essencial da crise ou seja escolha de um primeiro-ministro aceite pelas partes. Pelo menos isso não está plasmado no referido Acordo”, sublinhou.

Segundo o líder da UPG, o que ouviram dos subscritores do Acordo de Conacri são as trocas de mimos de quem de facto foi escolhido para ser o chefe do executivo, situação que até hoje não ficou esclarecida.

“Por isso, a nossa posição é que o Acordo de Conacri não constitui um instrumento capaz de resolver a crise”, salientou.

O Presidente da UPG frisou que é do conhecimento de todos que o Acordo de Conacri tem dez pontos e um dos quais fala do regresso incondicional dos 15 deputados expulsos do PAIGC.

“O próprio Acordo foi contraditório neste capítulo porque diz regresso incondicional dos 15 deputados expulsos do PAIGC observando os estatutos do partido. Se o regresso é incondicional e logo a seguir diz respeitando os estatutos. Como é incondicional. Assim é complicado”, considerou.

Fernando Vaz sublinhou que a saída da actual crise deverá ser encontrada pelos representantes do povo na Assembleia Nacional Popular.

“Portanto que se abra a Assembleia Nacional Popular para que a maioria dos deputados que representam o povo guineense pronuncie qual é o caminho que quer para o país”, disse, referindo-se que é assim que se funciona nos países democráticos.

Vaz afirmou que um órgão da soberania como ANP não pode fazer greve, salientando que aquilo que estamos a assistir é uma greve de zelo de um órgão da soberania.

“Se existir interpretações dúbias e que não são coincidentes sobre determinada matéria, a plenária da ANP é quem deve decidir sobre a matéria não são as partes. Portanto que se convoca a ANP para que se pronuncie maioritariamente”, revelou.

O político sublinhou que não é uma Comissão Permanente que vai decidir pela plenária da ANP ou seja um universo de 102 deputados que representa todo o povo. 

Conosaba/ANG/ÂC/SG

ESCOLAS PÚBLICAS NA GUINÉ-BISSAU AINDA NÃO INICIARAM AULAS

Foto/arquivo

Embora a abertura do ano lectivo feito pelo governo na segunda semana de Outubro, os directores das escolas públicas dizem que a fraca presença dos alunos nas salas de aulas de aulas está a dificultar o arranque das aulas

De acordo com informação recolhida, na manhã desta segunda-feira (30,) pela Rádio Sol Mansi (RSM) junto das direcções dos principais liceus públicos da capital Bissau “todas as questões logísticas e administravas estão criada para o inicio das aulas”.

Numa entrevista exclusiva á RSM o director do liceu Rui Barcelos da Cunha, Demba Baldé, confirma que a fraca presença dos alunos nas salas de aulas é o que está a dificultar o funcionamento das aulas.

Já no liceu Augustinho Neto, também o funcionamento das aulas é morta divido a não presença dos alunos nas salas de aulas segundo a subdirectora daquele liceu, Fato Sonco.

No Liceu Kwame N`Krumah a rádio não conseguiu obter declarações da direcção tendo em conta a indisponibilidade do seu responsável que se encontrava em encontros de trabalho.

Entretanto no liceu Jorge Ampa Cumelerbo, segundo a declaração do vice-presidente do conselho técnico do ensino secundário, Júlio Badanhe, os professores já manifestaram as suas disponibilidades junto da direcção em começar as aulas mas o que continua a dificultar é a ausência dos alunos.

Portanto, no liceu Jorge Ampa Cumelerbo, no qual o primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embalo, tinha prometido a construção do pavilhão acabando desta forma com todas as barracas que “kirintin”, a RSM tentou falar com a direcção que recusou fazer qualquer comentário sobre o assunto, limitando apenas a dizer que a promessa vai se concretizar.

A Rádio Sol Mansi constatou que no recinto da escola ainda continuam algumas turmas com kirintin e alguns pavilhões em construção.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Braima Siga/radiosolmansi com Conosaba

CARLOS PUIGDEMONT ESTÁ NA BÉLGICA, ASSEGURAM FONTES OFICIAIS



O presidente destituído do governo catalão, Carles Puigdemont, viajou para Bruxelas, capital belga, revelaram hoje fontes oficiais do Governo espanhol. 

Ainformação, avançada pelas agências noticiosas Efe e Associated Press, foi confirmada uma hora depois de o procurador-geral, José Manuel Maza, ter anunciado a acusação contra os principais membros do governo catalão por rebelião, sedição e fraude e contra a presidente do Parlamento regional e os membros da mesa que processaram a declaração de independência.

No entanto, fontes próximas do executivo catalão não confirmaram esta viagem.

Segundo o jornal espanhol La Vanguardia, além de Puigdemont, encontram-se também na Bélgica "outros membros do Governo destituído", e poderão fazer uma aparição pública esta tarde.

Fontes do ministério do Interior espanhol, citadas por este jornal, desvalorizaram esta viagem, afirmando que o que importava "mais hoje" era que o presidente destituído do governo regional não se deslocasse à sede da Generalitat.

Hoje de manhã, Puigdemont publicou na rede social Instagram uma fotografia do interior da sede do governo regional, apenas com a mensagem "Bon dia" (Bom dia, em catalão), com uma imagem sorridente. No entanto, o céu azul que surgia na foto não correspondia ao estado do tempo que se fazia sentir na capital catalã.

O secretário de Estado para as Migrações e Asilo, Theo Francken, do partido independentista flamenco N-Va, declarou este domingo que Carles Puigdemont tem a opção de solicitar "asilo político" na Bélgica.

A cadeia de televisão pública flamenca VRT News referiu que o secretário de Estado já havia indicado anteriormente que a Bélgica poderia ser uma saída para Puigdemont se corresse o risco de ser preso.

O secretário de Estado também enfatizou que é possível, como membro da União Europeia, Puigdemont pedir asilo na Bélgica, mas que o seu país não procura este cenário, dizendo ainda que não iria lançar o tapete de "boas-vindas".

Francken acrescentou que, se tal pedido de asilo fosse solicitado, "entraríamos numa situação diplomática difícil com as autoridades espanholas. Isto é evidente".

Não há indicações de que Carles Puigdemont tenha feito qualquer pedido neste sentido à Bélgica.O parlamento regional aprovou na última sexta-feira a independência da região, numa votação sem a presença da oposição, que abandonou a assembleia regional e deixou bandeiras espanholas nos lugares que ocupavam.

Ao mesmo tempo, em Madrid, o Senado espanhol deu autorização ao Governo central para aplicar o artigo 155º. da Constituição para restituir a legalidade na região autónoma.O executivo de Mariano Rajoy, do Partido Popular (direita), apoiado pelo maior partido da oposição, os socialistas do PSOE, anunciou no final de sexta-feira a dissolução do parlamento regional, a realização de eleições em 21 de dezembro próximo e a destituição de todo o Governo catalão, entre outras medidas.

Em resposta, no sábado, o esidente do governo regional destituído, Carles Puigdemont, disse não aceitar o seu afastamento e pediu aos catalães para fazerem uma "oposição democrática", numa declaração oficial gravada previamente e transmitida em direto pelas televisões.

Conosaba/noticiasaominuto

«DJAMA REK» DIÁSPORA GUINEENSE EM DACAR QUER APOIAR GUINÉ-BISSAU

Foto/arquivo: Ibraima Sanô, Embaixador da Guiné Bissau em Dacar com Macky Sall

Quadros, empresários, intelectuais e guineenses duma maneira geral da diáspora da Guiné Bissau, no Senegal, reuniram-se, este sábado, em Dacar, com o ministro guineense dos negócios estrangeiros, numa iniciativa do embaixador, na capital senegalesa, do país de Amílcar Cabral.


Na sua maioria quadros e intelectuais guineenses que trabalham no Senegal, em organizações internacionais e no sector privado naquele país, estiveram reunidos, este sábado, (28), em Dacar, sob a presidência do chefe da diplomacia de Bissau.

A iniciativa da reunião partiu da pessoa do embaixador da Guiné Bissau, em Dacar, que convidou o ministro guineense, Jorge Sambú, a encontrar-se com a diáspora intelectual e guineense em geral no Senegal.

Para o chefe da diplomacia guineense, Sambú, "a reunião é mostrar à comunidade guineense [do Senegal] que o Estado está próxima dela; e também, foi uma das emanações do presidente da República, fazer-se aproximar da comunidade".

Conosaba/RFI

'EU SOBREVIVI A EBOLA' - BEATRIZ YARDOLO


Beatriz Yardolo, a última sobrevivente do Ebola na Libéria. 

A Libéria foi o país mais afetado pela epidemia que devastou a África Ocidental entre 2013 e 2015. Esta é a história de três das vítimas e testemunhas deste surto mortal

Com carinho, James Doe limpa o nome de sua pequena loja em Monrovia. Ele é chamado como sua esposa. Ele vende licores, açúcar e mandioca em pó, em uma simples área de painéis de madeira sem eletricidade, mas muito lotados. Em letras grossas, pintadas em vermelho sombreado, lê "Anna H. Doe". Centro de negócios ". "Era minha esposa, estávamos juntos há 21 anos. Mas o Ebola a levou, e dois dos nossos cinco filhos foram com ela ". James está interrompendo a conversa com o ir e vindo dos clientes. Ele sobreviveu. Ele vence Ebola e agora a comunidade já não tem medo dele. Suas mãos trocam dólares da Libéria por um pacote de cigarros, com um saco de farinha, misturado com os da clientela. "Mas no início, ninguém se aproximava. Quando saí do hospital, as pessoas fugiram de mim ". Após o golpe de ter atravessado a dura convulsão do Ebola e ter perdido metade da família, ele não tinha como ganhar o pão. Mas, com um sorriso, diz que "agora passou, fui aceito novamente e também meu corpo se sente bem".

A Libéria (4,5 milhões de habitantes) foi o país mais afetado pela epidemia de Ebola que, entre 2013 e 2015, devastou vidas e comunidades em três nações da África Ocidental . Das 11 mil pessoas mortas pela doença, 4.800 morreram na Libéria. Ebola é conhecida há 40 anos, mas exceções anteriores na República Democrática do Congo foram em áreas tão remotas que quase não houve sobreviventes ou pesquisas. Quando em 2014, o Ebola entrou em seu pico na Guiné, Serra Leoa e Liberia, o caos eo medo acompanharam a morte. Três anos depois, 17 mil sobreO padre de Beatriz deu lugar ao rótulo "Libéria livre de Ebola". O fim de sua quarentena encerrou a epidemia no país mais atingido - das 11 mil pessoas mortas pela doença em toda a África Ocidental, 4.800 morreram na Libéria. Ela foi a última paciente do grande surto, mas o choque do Ebola deixou vestígios e lições.

A família de Beatriz tingle na grande sala de estar sem mobília de sua casa. Aqueles que permanecem, porque o Ebola também arrebatou três pessoas. Ela também teve que controlar o medo dos outros, mas gosta de se lembrar daqueles que a ajudaram. Quando chegaram ao hospital, em quarentena, não podiam sair da casa nem buscar água. "Esse vizinho com sua filha, eles moram lá - ela aponta duas casas abaixo - e outro homem, eles vieram até a varanda e nos disseram para deixar todos os recipientes lá fora. Tirariam água do poço para nós ".viventes sentem os efeitos médicos e sociais desse terremoto.

James Doe continua a visitar regularmente. Mostre o papel de PREVAIL com a próxima visita. "Elas extraem sangue e observam a temperatura", diz James. PREVAIL é o programa de pesquisa clínica realizado pela Libéria e os EUA. Eles fazem testes para a vacina e acabaram de publicar resultados: eles começam a trabalhar após um mês e eles protegem por um ano.
James Doe, sobrevivente de Ebola, em sua loja Monrovia. O PAÍS

James, o Ebola, não parece ter deixado as seqüelas. Mas Beatriz Yardolo, 60 anos, que vive deixando atrás do supermercado e da estrada principal, entrando em um bairro, hoje cheio de lodo pelas chuvas. Ele diz que seu corpo não é o mesmo, que ele sente "uma dor constante" e que ele não pode fazer a vida como antes. De acordo com dados de The Lancet Infectious Diseases três dos quatro sobreviventes têm problemas de saúde. O mais comum de acordo com os pesquisadores é manifestado nos olhos, às vezes levando à cegueira. Das 17 mil pessoas que sobreviveram a Ebola, 20% apresentaram inflamações oculares graves.

Dr. Brown intervém em um hospital em Monrovia. O PAÍS

As feridas sociais curam ao longo do tempo, embora um terço dos afetados continue a sofrer estigma. E com eles, misturados com o que aconteceu com eles no corpo e reação social, os estudos detectam muitos casos de depressão.

"Os pacientes vêm para a dor física, mas não detectar estresse pós-traumático", explica o missionário Nancy Writebol, um dos americanos que estão infectadas e que agora dirige um programa de "acompanhamento mental e espiritual." "E lá tudo está saindo. É como uma cebola, deixe os traumas da doença, mas após o abuso, estupro, guerra". Nancy e o pastor Jeremiah, com quem ela trabalha, oferecem a Deus uma solução. Na terapia de grupo, sobreviventes partilhar as suas experiências com os outros, que acompanha e fé é oferecido como uma ferramenta.
Dr. Ebola

Na sala de operações, o Dr. Brown opera uma criança que sucumbiu aos nervos sob anestesia. Além de ser o diretor médico do ELWA Hospital, ele é um cirurgião e agora retornou à sua rotina ocupada - há apenas três cirurgiões praticantes em toda a capital, Monrovia. Mas todo mundo aqui o conhece como "o médico do Ebola", porque quando ele chegou à cidade essa doença temida, mortal e desconhecida, ele foi o primeiro a decidir encarar ela. Apesar de não ser um especialista em doenças infecciosas - não houve - abriu a primeira Unidade de Tratamento.

"Naquela época, os trabalhadores do hospital tinham muito medo. Não estávamos claros sobre como as pessoas ficaram infectadas, nem sabíamos cuidar delas. Tivemos dificuldade em convencê-los a se juntarem à equipe e a não fugir quando chegou um paciente com sintomas ".

Não havia protocolo ou guia e todo o país tinha apenas 50 médicos. Era para enfrentar o desconhecido, mas para Brown "não era apenas uma questão de cuidar dos pacientes, também era um dever nacional, essa doença não afetava apenas indivíduos, mas o país". E conseguiu transferir a sua convicção "a obrigação de defender o país" para o seu pessoal.

Conosaba/El País

domingo, 29 de outubro de 2017

EMPRESÁRIO GUINEENSE INVESTE CINCO MILHÕES DE EUROS EM ACADEMIA DE FUTEBOL EM BISSAU


A Guiné-Bissau vai ter a partir do próximo ano uma academia de futebol e um centro de estágios conformes com os padrões internacionais, um investimento de cinco milhões de euros realizado pelo empresário guineense Catió Baldé.

"A Guiné-Bissau gerou em termos de lucros de futebol em Portugal mais de 50 milhões de euros. Este é um investimento que vai ter o seu retorno. O novo futebol hoje não compadece daquilo que era a cultura dos anos 60, 70 e 80", afirmou o empresário à Lusa.

A academia de futebol vai estar equipada com refeitório, dormitório, escola, piscinas, uma unidade hoteleira para o centro de estágio e dois campos de futebol, que se podem transformar em quatro campos de futebol de sete.

Tudo conforme as regras da Federação Internacional de Futebol (FIFA).

"Antes, os europeus vinham a África buscar jogadores altos, corpulentos, com força, mas hoje o futebol mudou e os grandes clubes da Europa querem jogadores com formação base e nós somos obrigados a exportar anualmente centenas de jovens para a Europa sem formação base", disse.

O objetivo, segundo o empresário, é o negócio, mas também "oferecer aos jovens as melhores condições de trabalho".

"Quando saem daqui para a Europa saem preparadíssimos. Hoje, na Europa, querem jogadores inteligentes, porque hoje é preciso saber que um jogador é capaz de decidir um jogo numa fração de segundos", salientou.

Apaixonado pelo futebol, Catió Baldé assumiu à Lusa que está naquele desporto pelo negócio, mas "acima de tudo porque acredita no talento dos jovens guineenses".

"Dos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), a Guiné-Bissau é o país mais próximo do Brasil tecnicamente e eu acredito neste talento", salientou.

Com investimento já feito de cinco milhões de euros, porque todo o equipamento foi importado da Europa, Catió Baldé não tem dúvidas que a "academia vai estar preparada para exportar jogadores para a Europa e para os grandes mercados internacionais".

A Guiné-Bissau podia ganhar anualmente milhões de euros se houvesse legislação que protegesse os jogadores guineenses e a forma como saem do país para a Europa.

Conosaba/Lusa

EX-PM CABO-VERDIANO QUER CONSENSO SOBRE NOME PARA A COMUNIDADE DA ÁFRICA OCIDENTAL


O ex-primeiro-ministro cabo-verdiano defendeu hoje que o nome para a presidência da CEDEAO deve resultar de "alargado consenso nacional", considerando que as candidaturas individuais surgidas estão a promover a "folclorização" de "uma importante iniciativa política".

"O Governo deve procurar o mais alargado consenso, envolvendo os outros órgãos de soberania e os partidos políticos, sobre o nome que deverá ser escolhido para candidatar-se ao cargo de presidente da comissão [da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO)]. Trata-se de um cargo de elevada responsabilidade política, que terá de concitar o mais amplo entendimento nacional, devendo-se, por isso, afastar para longe as tentações de partidarização da candidatura", sustentou José Maria Neves.

Numa publicação na sua página pessoal da rede social Facebook, o ex-primeiro-ministro, que liderou o país durante 15 anos e deixou o poder em 2016, apelou para a "contenção e sobriedade" num processo que está a ser marcado pelo surgimento de várias candidaturas individuais.

Cabo Verde espera poder assumir a presidência da CEDEAO em 2018 e a escolha do nome a indicar será feito por concertação entre o Governo e o Presidente da República, no entanto são já vários os candidatos a um lugar, que não é ainda seguro venha a ser ocupado pelo país.

"Devemos optar, internamente, pela contenção e sobriedade, evitando a 'folclorização' desta importante iniciativa política nacional, através de peregrinas candidaturas individuais e campanhas eleitorais domésticas, nunca vistas em idênticas circunstâncias", declarou.

Para José Maria Neves, Cabo Verde "tem de definir uma estratégia para a colocação de seus quadros em instâncias de governança global, num quadro de consensos e de compromissos, afastado das clivagens partidárias e sustido nos interesses nacionais".

Considerou ser também o momento de todos os órgãos de soberania, os partidos políticos e outras instituições económicas e sociais, os cidadãos e a sociedade civil "agirem no sentido de assumir a presidência da comissão da CEDEAO" e apelou para a mobilização de todos em torno deste objetivo.

"Trata-se não só de uma questão de justiça, como também de prestígio e projeção em África, onde ainda se constata um grande défice de conhecimento mútuo", acrescentou.

As quotas em dívida na organização são um dos aspetos que poderá ser um obstáculo a uma futura candidatura cabo-verdiana e José Maria Neves admitiu que os seus governos sempre tiveram "dificuldades em cumprir os compromissos com a comunidade, designadamente os financeiros".

O cargo de presidente da comissão da CEDEAO, equivalente ao presidente da Comissão Europeia, é ocupado por ordem alfabética dos 15 países membros e, respeitando esse critério, caberá, na próxima eleição, a Cabo Verde assumir o posto.

Contudo, não é um processo automático e a personalidade que Cabo Verde vier a apresentar, pode não ser aceite se os países entenderem que não reúne as condições.

Há também outros critérios a respeitar, nomeadamente ter as quotas em dia dentro da organização, requisito que Cabo Verde não preenche.

Há ainda divergências no seio da comunidade quanto à duração do mandato do atual presidente, Marcel de Souza, do Benim, que termina em 2018, estando, no entanto, a decorrer diligências para que seja prolongado.

Ainda que prevaleça um cenário de incerteza, o Presidente da Republica Jorge Carlos Fonseca escreveu, há cerca de dois meses, ao presidente em exercício da CEDEAO, o chefe de Estado do Togo, para lhe dar conta da intenção de Cabo Verde apresentar uma candidatura ao lugar.

Jorge Carlos Fonseca traçou também já o perfil do candidato ideal: "Tem que ter experiência política forte. Ser um político com credibilidade. Se tiver experiência governativa e conhecer a CEDEAO, tanto melhor", disse.

Sublinhou igualmente a importância de ser tecnicamente qualificado e não ter "handicaps" (limitações) políticos ou morais que possam dificultar a eleição.

Conosaba/Lusa

ONU PROMOVE CICLOS DE CONFERÊNCIA NAS INSTITUIÇÕES DO ENSINO SUPERIOR DO PAÍS


No quadro do projecto governação democrática, o Gabinete Integrado das Nações para a Consolidação da paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) promove ciclos de conferências e debates nas instituições do ensino superior do país com percurso até ao princípio do próximo ano

As conferências estão a ser realizadas em parceria com as organizações da sociedade civil e congregações das associações juvenis do país.

Esta sexta-feira (27), a Universidade Lusófona da Guiné (ULG), acolheu a primeira seção do ciclo de conferência com o tema “contribuição dos cidadãos no processo democrático” que visa aumentar a consciencialização dos estudantes sobre a importância dos cidadãos estarem envolvidos no processo democrático no seu país, contribuindo de forma construtiva para boa governação, paz, estabilidade, segurança e desenvolvimento socioeconómico.

No ato da abertura o presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil, Jorge Gomes, afirma que o país está confrontado com vários problemas de governação sobre tudo em termos democráticos.

“A juventude e a classe estudantil têm um papel fundamental em termo da afirmação destes valores, o seu conhecimento, a nossa população, os seus exercícios, etc…”, enaltece Jorge Gomes.

Para o reitor da ULG, Rui Jandi, a conferência é um espaço de partilha de reflexão e de experiencias sobre múltiplos aspectos ligados ao Estado de direito democrático na Guiné-Bissau, nomeadamente, as liberdades, direitos fundamentais dos cidadãos e o processo da consolidação da democracia no país.

Jandi demonstrou ainda a disponibilidade da sua universidade em apoiar a iniciativa do género com centro de formação e produção de conhecimentos.

A conferência foi realizada no quadro da implementação do projecto de governação democrática, financiado pelo UNIOGBIS tendo como parceiros de implementação, o Movimento Nacional da Sociedade Civil para a Paz, Democracia e Desenvolvimento, o Conselho Nacional da Juventude, a Rede Nacional das Organizações Juvenis e o Movimento de Cidadãos Livres.

Durante o encontro os participantes tiveram a oportunidade de debater temas como a cidadania e o processo eleitoral: Obstáculos e desafios e governação e compromisso de jovens no processo da consolidação democrática. 

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Anézia Tavares Gomes/radiosolmansi com Conosaba

sábado, 28 de outubro de 2017

Papia son Menina Neia 2016

COLETIVO DE PARTIDOS CRITICA PR GUINEENSE EM COMÍCIO EM BISSAU

Foto/Notabanca

O Coletivo dos Partidos Políticos Democráticos da Guiné-Bissau realizou ontem um comício, na cpital, durante o qual fez duras críticas ao Presidente guineense, José Mário Vaz, pela atual situação no país.

"José Mário Vaz foi quem criou o problema, mas o povo é quem vai resolver o problema", afirmou Domingos Simões Pereira, presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Domingos Simões Pereira acusou também o Presidente de não estar a respeitar a Constituição e a lei do país, porque não ouviu a voz do povo.

No comício, que decorreu sem incidentes e foi acompanhado pelas forças de segurança, participaram centenas de pessoas.

Nuno Nabian, presidente da candidato derrotado na segunda volta nas eleições presidenciais de 2014, e presidente da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU -PDGB), pediu a José Mário Vaz para "não pedir o voto à população" nas próximas eleições.

Em declarações à Lusa, Domingos Simões Pereira afirmou que transmitiu ao povo uma mensagem de esperança.

"Quando o povo assume a sua responsabilidade e se junta para reclamar o seu direito, para em democracia ser o povo a decidir o seu destino. O povo tem razão para ter esperança", disse.

O coletivo, constituído por 21 partidos guineense, vai realizar outro comício sábado em Bissau.

Segundo o coletivo, o objetivo dos comícios é "proteger as liberdades fundamentais dos cidadãos, restaurar a democracia e a construção do Estado de direito democrático".

A Guiné-Bissau vive há cerca de três anos um impasse político, depois de o Presidente guineense, José Mário Vaz, ter demitido Domingos Simões Pereira do cargo de primeiro-ministro.

O PAIGC venceu as eleições legislativas de 2014 e não reconhece o atual Governo em funções no país.

O impasse político, que provocou também o encerramento do parlamento guineense, tem levado vários países e instituições internacionais a apelarem ao diálogo entre os líderes políticos guineenses.

Conosaba/Lusa



MINISTRO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL GUINEENSE EM LISBOA PARA ULTRAPASSAR SITUAÇÃO DA RTP



O ministro da Comunicação Social da Guiné-Bissau, Vítor Pereira, reúne-se na segunda-feira em Lisboa com o seu homólogo português para ultrapassar a situação que levou ao corte das emissões da RTP em território guineense.

"Recebi um convite com muito agrado. Desta feita creio que estão já reunidas as condições para conversamos de forma franca, aberta, fraternal, que é o que preside as boas relações existentes entre Portugal e a Guiné-Bissau", afirmou à Lusa o ministro guineense.
Segundo Vítor Pereira, o encontro vai realizar-se na segunda-feira no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, com o ministro da Cultura, Luís Castro Mendes, e a reunião servirá para "passar em revista toda a situação".

"Da nossa parte gostaríamos de ver fechado este dossiê com a assinatura de um acordo de princípio", salientou o ministro.

Questionado pela Lusa se a assinatura do acordo de princípio significa o fim da suspensão das atividades da RTP na Guiné-Bissau, o ministro disse acreditar que "depois da assinatura do acordo de princípio estarão reunidas as condições para reabertura do sinal no território nacional".

O Governo guineense mandou desligar os emissores da RTP África e RDP África no país e proibiu os jornalistas de enviarem peças desde 01 de julho, alegando questões técnicas, de cooperação e por discordar de conteúdos transmitidos.

Conosaba/Lusa

TRANSPARÊNCIA INTERNACIONAL QUER BENS DE OBIANG ENTREGUES AO POVO


A Transparência Internacional (TI) saudou a condenação do filho do presidente da Guiné Equatorial e vice-presidente, Teodorin Obiang, considerando-a "um marco" contra a corrupção e defendeu que os bens confiscados devem ir para o povo daquele país.

"Este resultado é uma vitória para as organizações da sociedade civil e para o seu esforço para trazer os corruptos à justiça", lê-se numa nota hoje divulgada, que defende que os bens confiscados devem ser entregues ao povo e não ao Governo da Guiné Equatorial.

Há uma necessidade urgente, agora, de novas leis que façam com que a propriedade confiscada em casos como este sejam devolvidas aos legítimos donos", comentou a diretora-geral da TI, Patrícia Moreira, citada no comunicado.

O filho do presidente da Guiné Equatorial e vice-presidente, Teodorin Obiang, foi hoje condenado a três anos de prisão com pena suspensa por ter construído fraudulentamente em França um património considerável.

Teodoro Obiang Nguema, conhecido como Teodorin, de 48 anos, e que não compareceu no tribunal correcional de Paris que o julgou, foi considerado culpado de branqueamento de abuso de bens sociais, desvio de fundos públicos, abuso de confiança e corrupção.

O tribunal ordenou ainda o confisco de todos os seus bens arrestados, entre os quais um luxuoso hotel na Avenida Foch em Paris, e uma multa suspensa de 30 milhões de euros.

"A TI defende que sejam colocadas em prática medidas para garantir que os bens não sejam alocados ao Orçamento de França ou devolvidos ao Governo de Obiang, na Guiné Equatorial, mas sim que sejam entregues diretamente aos cidadãos", lê-se no comunicado.

No final da leitura do veredicto, William Bourdon, o advogado das associações Sherpa e de Transparency international France, que apresentaram a queixa contra o filho do presidente da Guiné-Equatorial há dez anos, falou em decisão histórica.

Teodoro Nguema Obiang Mangue, conhecido como Teodorin, foi julgado de 19 de junho a 6 de julho.

Hoje, a presidente do tribunal, Bénédicte de Perthuis, disse, na leitura da sentença, que "há poucas dúvidas" que o dinheiro usado para comprar os bens em França é oriundo de "desvio de fundos públicos" e de "corrupção" do atual primeiro vice-presidente da Guiné Equatorial.

Bénédicte de Perthuis sublinhou que como ministro da Agricultura e das Florestas os seus recursos rondavam os 80 mil dólares anuais e "não tinham comparação possível" com os fluxos de dezenas de milhões de dólares constatados nas suas contas que, insistiu, saíram, em grande parte, dos cofres de Estado equato-guineenses.

Este é o primeiro julgamento francês sobre "ganhos ilícitos", em que a justiça francesa quer saber se as fortunas imobiliárias em França das famílias de vários líderes africanos foram construídas graças a fundos públicos desviados dos seus países.

Tudo começou com a apresentação, a 28 de março de 2007, da parte das associações Sherpa e Survie e da Federação dos Congoleses da Diáspora, de uma queixa de desvio de fundos públicos, contra vários dirigentes africanos e suas famílias, onde também constava o ex-presidente de Angola, José Eduardo dos Santos.

A investigação que visa o património em França do presidente do Gabão, Omar Bongo, (que morreu em 2009) terminou este verão e está em curso o inquérito sobre a fortuna da família do presidente do Congo-Brazzaville Denis Sassou Nguesso.

Conosaba/noticiasaominuto