Antigo defesa esquerdo do Sporting frisou que, no futuro, os jogadores guineenses vão ser muito cobiçados.
O treinador Paulo Torres considerou hoje que a Guiné-Bissau é uma "mina de ouro" de jogadores de futebol, sendo como exemplo o facto de competirem no campeonato do mundo de sub-20 cinco guineenses pelas cores da seleção nacional portuguesa.
«Não é novidade nenhuma que a Guiné-Bissau é uma mina de ouro de jogadores. É um mercado que se está a desenvolver e para o qual os clubes europeus têm de ter muita atenção, pois está a tornar-se muito apetecível», disse à agência Lusa o antigo campeão do mundo de sub-20 em 1991, atual conselheiro técnico do Sporting de Bissau.
O antigo defesa esquerdo do Sporting Clube de Portugal frisou que, no futuro, os jogadores guineenses vão ser muito cobiçados, situação que afirma já estar acontecer atualmente ao nível dos escalões de formação.
Segundo Paulo Torres, «existem, neste momento, muitos jogadores com qualidade para representar os clubes grandes portugueses», dando o exemplo de dois jogadores jovens do Sporting de Bissau, Valdemar e Jessi, que estão na iminência de se transferirem para Portugal.
Sobre trabalho que está a desenvolver no Sporting de Bissau há cerca de uma ano, juntamente com o adjunto Paulo Russo, o técnico português sublinhou que aquele clube é, atualmente, o único clube do país com todas as modalidades e uma estrutura organizativa idêntica à das equipas europeias.
«Estamos a fazer uma reestruturação do funcionamento do clube de modo a aproximar-se das estruturas europeias», salientou Paulo Torres, que fala de um Sporting de Bissau num patamar cima dos outros emblemas guineenses.
«É um clube com condições muito boas, que dá alimentação aos jogadores, faz exames médicos e tem uma estrutura organizada e com os dirigentes muito próximos dos atletas», acrescentou.
Paulo Torres precisou que está a ser «desenvolvido um trabalho muito bem feito, que se deve em muito ao presidente do clube Hussein Farath, pela sua capacidade, gosto e dedicação».
Considerando que se trata de um projeto aliciante, embora a sua colaboração seja oferecida «sem custos», o treinador português adiantou que tem um modelo para implementar que vai desde as escolinhas até aos seniores.
Em breve, segundo Paulo Torres, o Sporting de Bissau vai apresentar uma página da Internet, que está ainda em construção, para mostrar «toda a organização do clube e dar notícias diariamente sobre os escalões de formação e das modalidades desenvolvidas».
«Estou empenhado em que as pessoas saibam que a Guiné-Bissau tem organização, atletas de grande qualidade e dirigentes com capacidades, como é o caso do presidente Hussein Farath, um homem disciplinado e organizado», sublinhou o antigo lateral esquerdo leonino.
SAPO Desporto sapodesporto@sapo.pt/Conosaba
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