O líder do Partido da Unidade Nacional (PUN) considerou esta quarta-feira que o acórdão número 4 não vai ser idêntico com nenhuma outra decisão judicial.
Idrissa Djaló que falava sobre a decisão do STJ disse também que este acórdão muda completamente o figurino do sistema político constitucional. “Este acórdão de vergonha não parece com nenhum outro acórdão no futuro. O Supremo não foi questionado nada de novo mas sim para confirmar decisão tomada há um ano atras, acórdão numero 2015”, tendo adiantado que este acórdão muda todo o figurino do sistema político constitucional.
Por outro lado, o político diz ainda que com este acórdão, os partidos políticos não precisam disputar as eleições porque para governar no país é só estar ao lado do presidente e fazer sua vontade quer dizer, “ o Supremo ofereceu prenda que nem no seu sonho íntimo ousava pensar. Hoje não estamos a falar de um sistema semipresidencialista ou presidencialista porque o Supremo ofereceu ao presidente uma monarquia tropical onde sua vontade impera sobre as do povo”.
Idrissa Djaló afirmou por outro lado que com o desprezo com que o povo recebeu este acórdão, demonstra tão só o sentimento que os guineenses têm do sistema judicial.
Entretanto, considerou o acórdão como uma certidão de óbito que destruiu não só o aparelho de estado mas a moralidade pública. Adiantou que as acções do presidente de república em incitar a corrupção de almas, “ é o limite de horror”.
Para isso, anunciou que vão criar uma nova República e fundar uma nova administração onde cada individuo entra com mérito próprio porque “ não se pode ser político e aceitar golpe de estado palaciano como o perpetrado pelo Mário Vaz. Temos que criar uma nova República e refundar uma nova administração onde serão admitidos pessoas com mérito próprio e não com cartão de um partido”, diz.
No tocante as forças armadas, disse que o país precisa de uma que não seja de nenhum partido ou raça em particular para que possa defender a integridade do território e o estado da Guiné-Bissau.
Sobre o resgate dos Bancos, o líder do PUN disse que a comissão bancaria do BCEAO não fez seu trabalho, adiantando que vão pedir ao FMI que faça uma auditoria do sistema bancário guineense.
Por outro lado sublinhou que o presidente da república selou seu destino político através deste acórdão. “Hoje vos garanto que dentro pouco tempo este edifício montado pelo presidente da República vai desabar sobre a sua cabeça e também será refém do PRS porque a coligação por ele criada não tem pernas para andar por causa de interesses tão contraditórios que não pode dar outro resultado que não seja o fracasso”, finalizou.
Por fim exigiu ao ministério público a resgatar os 12 milhões de dólares desviado alegadamente pelo presidente da república e colocado nos Bancos em Portugal.
Por: Nautaran Marcos Có/radiosolmansi/conosaba
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