terça-feira, 19 de julho de 2016

PRESIDENTE DA GUINÉ-BISSAU DIZ QUE RUANDA É EXEMPLO A SEGUIR


O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, classificou o Ruanda como um exemplo de desenvolvimento após uma estadia na capital do país, Kigali, onde participou na 27.ª cimeira da União Africana (UA), entre sábado e segunda-feira.

"É um sítio para todos nós nos inspirarmos", referiu o chefe do Estado guineense na noite de segunda-feira, à chegada ao aeroporto de Bissau, fazendo votos de que a Guiné copie o exemplo e que a capital lusófona faça o mesmo com Kigali.

"Havendo unidade, havendo conjugação de esforços, é possível conseguir tudo neste mundo", sublinhou numa declaração aos jornalistas sem direito a perguntas.

José Mário Vaz elogiou a "combinação perfeita entre o Estado, as empresas e as famílias" no desenvolvimento do Ruanda.

O chefe de Estado já tinha apelado à união dos guineenses na sexta-feira, na partida para a cimeira da UA, na sequência da instabilidade política que o país tem atravessado no último ano.

Nesse dia, José Mário Vaz considerou "importante" a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) das Guiné-Bissau que considerou constitucional a nomeação do novo primeiro-ministro, Baciro Djá, e o seu Governo.

Djá lidera um Governo a ser sustentado no Parlamento pelo segundo partido mais votado nas últimas eleições legislativas.

O PAIGC, partido vencedor das eleições de 2014, tinha solicitado ao Supremo que declarasse a inconstitucionalidade da decisão do chefe de Estado, alegando ter o direito legal de formar Governo.

Em curtas declarações no aeroporto de Bissau na sexta-feira, antes de viajar para o Ruanda, José Mário Vaz considerou importante o pronunciamento do STJ, mas também defendeu ser decisivo unir os guineenses.

"É importante, de facto, a decisão do Supremo Tribunal de Justiça, como um órgão de soberania (...), mas o mais importante hoje na Guiné-Bissau é unir o país, unir os guineenses, para que haja solidariedade entre nós", referiu.

O chefe de Estado falou numa necessidade de "entendimento entre diferentes órgãos de soberania" para que o país "ganhe realmente uma nova dinâmica rumo ao desenvolvimento".

"Todos somos poucos para o desafio que temos pela frente: temos de nos unir para retirar o nosso país da situação difícil em que se encontra", acrescentou.

Lusa com Conosaba

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