segunda-feira, 18 de março de 2024

Cerimónia Fúnebre do selecionador de futebol feminino Romão dos Santos, em Bula região de Cacheu norte da Guiné-Bissau . 18/03/2024




Presidente da Federação de Futebol da Guiné Bissau 🇬🇼 . Carlos Alberto Mendes Teixeira'Caito' rendeu última homenagem ao falecido ROMÃO DOS SANTOS ex-selecionador da Seleção Nacional Feminina.

 

Greve de três dias na Saúde e Educação na Guiné-Bissau


Hospital Simão Mendes, principal hospital da Guiné-Bissau, Setembro de 2023 em Bissau. © Liliana Henriques / RFI

Na Guiné-Bissau, arrancou, esta segunda-feira, uma greve geral de três dias nos sectores da Saúde e da Educação. A greve foi convocada pela Frente Social que junta vários sindicatos dos dois sectores que falam em “desinteresse do Governo” na resolução das suas reivindicações laborais.

O anúncio foi feito pelo porta-voz do movimento que junta sindicatos das duas áreas, Sene Djassi. O sindicalista explicou que a greve avançou devido “ao desinteresse do Governo” em se sentar à mesa negocial desde a entrega do caderno reivindicativo, a 5 de Fevereiro, e do pré-aviso da greve, a 5 de Março.

De acordo com Sene Djassi, a comissão negocial da Frente Social estava disponível para se sentar à mesa com o Governo na sexta-feira, mas à última hora foi informada que o encontro só poderia ter lugar esta segunda-feira, dia em que arranca a greve. O porta-voz sindical considera que é uma falta de vontade do Governo e que se houver mortes nos hospitais, por falta de assistência médica, a responsabilidade será do executivo.

No caderno reivindicativo da Frente Social constam, entre outros pontos, o pagamento de 10 meses de salário em atraso aos professores e técnicos de saúde, a efectivação de novos quadros contratados pelo Governo para os dois sectores, a adopção de um novo currículo escolar bem como a melhoria de condições laborais.

O director clínico do Hospital Nacional Simão Mendes, Abel Mactar da Silva, reconheceu que a greve “está a limitar o atendimento” na principal unidade médica da Guiné-Bissau. O hospital montou uma estratégia para “o atendimento mínimo” de pacientes para evitar “que haja tragédias, como no passado”.

Braima Sambu, presidente do sindicato de base do hospital Simão Mendes, explicou que em todos os serviços “existem os serviços mínimos” e que o atendimento “só será de casos urgentes”.

A greve deve terminar na quarta-feira, mas a Frente Social promete prolongá-la se não houver entendimento com o governo. Fonte do executivo aponta que este “está aberto” ao diálogo com a Frente Social, mas não adianta se a Frente Social vai ser convocada nos próximos dias.

Por: Mussá Baldé
Conosaba/rfi.fr/pt/á

Fim do acordo militar entre o Níger e os EUA é um "duro golpe" contra Washington

Base militar americana de Agadez no norte do Níger em 2018. (Foto de arquivo) AP - Carley Petesch

Neste sábado, a junta militar no poder no Níger anunciou o fim "imediato" do acordo firmado em 2012 com os Estados Unidos autorizando a presença de militares e civis do departamento de Estado americano no território do Níger.

Em declarações transmitidas em directo, Niamey disse que a presença americana no país é "ilegal" e que ela "viola todas as regras constitucionais e democráticas". De acordo com a junta militar, este acordo que considera "injusto" tinha sido "imposto unilateralmente" por Washington através de "uma simples nota verbal".

Esta decisão foi anunciada depois de uma delegação americana de alto nível ter-se deslocado ao país e ter tentado durante três dias evocar com Niamey a transição política e a luta contra o terrorismo. Durante estas conversações que a diplomacia americana qualificou de "francas", a junta militar considera por sua vez que a delegação americana tentou "negar ao povo nigeriano soberano o direito de escolher parceiros e tipos de parcerias que possam ajudá-lo verdadeiramente na luta contra o terrorismo" e que houve por parte dos representantes de Washington uma "atitude condescendente, acompanhada da ameaça de retaliação do chefe da delegação americana em relação ao Governo e o povo nigerianos".

Com cerca de 1.100 militares e uma base em Agadez, no norte do país que lhe permitia vigiar o Sahel, os Estados Unidos tinham uma parceria importante com o Níger.

Depois de a França ter sido obrigada a retirar as duas forças do Níger no ano passado, é por conseguinte a vez de os Estados Unidos se afastarem, a sua estratégia de manter o diálogo com Niamey depois do golpe do ano passado não tendo surtido efeito.

À semelhança de outros países da região, o Mali e o Burkina Faso, onde os militares tomaram recentemente o poder, o Níger tem vindo a efectuar grandes mudanças estratégicas. Além destes três países terem formado uma coligação para a luta contra o terrorismo, voltaram-se para parcerias com países como a Rússia e em finais de Janeiro anunciaram a sua saída da CEDEAO.

Em entrevista concedida à RFI, Calton Cadeado, investigador e professor de relações internacionais na universidade Joaquim Chissano em Maputo, considera que isto representa "um duro golpe geopolítico e geoestratégico" contra os Estados Unidos.

RFI: O que é que representa esta decisão da junta militar do Níger?

Calton Cadeado: Neste momento, para os americanos, interessa e muito manter as bases militares que têm no Níger. Estamos a falar de bases militares. Uma delas, a principal, foi construída de raiz, a um custo de mais de 100 milhões de dólares. Então é um custo que você faz para investir e demonstrar que tem um interesse grande na zona. Perder isso de um momento para o outro é um duro golpe. Depois, é um duro golpe porque a retirada ou a suspensão ou eliminação desta cooperação militar entre os Estados Unidos da América e o Níger abre um espaço grande para a reafirmação da presença dos russos nesta zona, que está claro, como bem disseram os líderes golpistas, que eles são livres e soberanos de fazer as parcerias com quem eles quiserem, desde que isso signifique a satisfação dos seus interesses nacionais, o que é justo e sinaliza o lado deles para a Rússia.

 E uma Rússia que vai ganhando espaço nesta zona, que já se confirmou que não é algo de novidade, porque já está no Mali e no Burkina Faso, numa cooperação avançada nestes dois países. O que traz alguma surpresa e espanto para os americanos é provavelmente a presença ainda não confirmada da cooperação com o Irão. De qualquer das formas, esta suspensão é um duro golpe para os americanos. É um duro golpe geopolítico e geoestratégico, porque estamos a falar de um país como o Níger, que tem recursos naturais de grande valor estratégico, que é o urânio. Mas também estamos a falar da presença das bases militares, que é estratégica para poder fazer a acção de luta contra o terrorismo nesta zona. Entretanto, os americanos podem estar agora livres de explorar outras opções. Outras opções, significaria fazer voltar os americanos para as bases nos Estados Unidos da América ou colocar outras bases no mundo. Ou então relocar os militares ao nível de África, alargando a cooperação com outros países, como por exemplo, Gana ou Senegal. Porque não pensar até na Guiné-Bissau que tanto precisa disso? Ou então investir em convencer os outros Estados africanos, tal como fizeram com o Jibuti, de que a presença das forças americanas tem uma mais-valia. Isto pode ser uma outra opção para não deixar espaço vazio para a presença mais acentuada dos russos e, provavelmente dos iranianos.

RFI: A presença americana no Níger, tal como outras presenças ocidentais, justificava-se pela luta contra o terrorismo. Até que ponto é que, de facto, este objectivo terá sido conseguido? Há, por exemplo, o campo do presidente derrubado, Mohamed Bazoum, que diz que esta presença americana fez com que houvesse alguns progressos a nível dessa luta. Concretamente, isto representou algum avanço?

Calton Cadeado: Vamos estar sempre no meio de uma guerra de narrativas, de uma competição política. Obviamente que o lado do Bazoum, porque quer e precisa do apoio americano, vai sempre justificar a presença dos americanos com resultados, ainda que sejam pequenos, mas que sirvam para justificar a presença e, se calhar, ter um apoio político dos americanos. Mas, por outro lado, os que estão contra o regime de Bazoum vão obviamente dizer que a coisa não funcionou e vão trazer provas quer de um, quer do outro lado. Vai trazer provas. Então fica difícil olhar para isso. Apesar de reconhecer esta guerra de narrativas, sei que há sinais de que os resultados da luta contra o terrorismo na zona do Sahel não foram resultados que permitissem a eliminação de grupos terroristas que estão a operar na zona, o que é o objectivo último e desejável de todos. Algo que nós sabemos que não pode ser alcançado a curto prazo, sobretudo porque nós sabemos que os grupos terroristas têm um tempo de vida útil. Porque eles nascem, crescem, têm um momento de pico, mas também têm um momento de estagnação e provavelmente um período de morte. Isso pode levar uma geração, 25, 30 anos e por aí adiante. Então, não era expectável que os americanos conseguissem, com a cooperação nigeriana, eliminar o grupo terrorista ou os grupos terroristas, porque não é um único grupo terrorista. São grupos terroristas. Então, vamos ficar sempre nesta guerra de narrativas com evidências de recrudescimento de terrorismo, mas também com evidências de que os terroristas, nalgum momento, eles se sentiram pressionados e passaram mais tempo a pensar em fugir da perseguição do que necessariamente a realizar ataques terroristas. A prova disso é que há algum tempo houve claramente ataques, mas com interregnos longos. Não era com muita frequência. Hoje que estamos a falar da saída dos americanos, sabemos que há um recrudescimento de ataques terroristas na zona. Então, é difícil neste momento, tomar partido, não reconhecer a guerra de narrativas.

RFI: E lá está, isto tem um cheirinho de 'Guerra Fria' ou isto será de facto uma visão um pouco limitada daquilo que está a acontecer no Sahel?

Calton Cadeado: Se for naquele conceito, é difícil dizer que sim. Mas se assumirmos que é uma competição geopolítica e geoestratégica entre as grandes potências, eu diria que é mais fácil aceitar essa abordagem, porque hoje a América, o Ocidente, sabe que existe um antiamericanismo em África. A França sabe que existe um sentimento anti-França em África, sobretudo na zona da África Ocidental. E para substituir estas grandes potências, os países onde se regista esse antiamericanismo estão a olhar para a Rússia como uma alternativa, até porque a Rússia é uma alternativa que oferece algum espaço de manobra para a soberania destes países poder funcionar mais à vontade. Há pouco falávamos da delegação americana que foi para Niamey e uma das coisas que se fala lá é que houve do lado dos americanos, pelo menos de acordo com a narrativa dos golpistas -que eu prefiro chamar eles assim mesmo golpistas- houve sinais de que os americanos insistiram com algumas posições que eram contra a soberania do Estado nigeriano. Se for por aí, eles não têm a mesma pressão na mesma magnitude. Do lado dos russos, que estão neste momento à procura de ganhar os corações e as mentes das lideranças africanas, para isso acontecer, nada melhor do que fazer o contrário do que os ocidentais fazem.

RFI: O que é que isto significa relativamente, por exemplo, ao processo político do Níger?

Calton Cadeado: Em termos políticos, significa que a saída da cooperação militar do solo nigeriano pode dar mais espaço de manobra à Junta militar para resistir a qualquer tipo de pressão que venha dos americanos. Porque hoje eles conseguem resistir à pressão dos americanos, mas sabem que estão vulneráveis para qualquer tipo de acção de desestabilização que possa vir dos próprios americanos, porque têm a presença militar lá no território. E estamos a falar de um país chamado Níger, cuja capacidade militar não é das melhores do mundo para enfrentar, ainda que sejam 1000 homens, só 1000 homens americanos. Aí, com a tecnologia e capacidade militar que eles têm, podem fazer todo o tipo de perturbação. Então, para os nigerianos, neste momento, retirar a força militar americana significa libertar-se de uma pressão que está sempre presente e que pode significar a morte do regime.

RFI: E para os Estados Unidos, portanto, a sua presença militar no Níger era uma das mais importantes a nível do continente africano. Os Estados Unidos têm também uma base no Djibuti. Falou do facto de isto representar um revés para os Estados Unidos, tanto mais que estamos em ano de eleições.

Calton Cadeado: Sem dúvida, é um duro golpe para os americanos, porque é uma perda geopolítica e uma perda geoestratégica e o prestígio da América na sua presença de África. Hoje a América tem que encontrar outra solução para garantir que a sua presença militar em África não seja prejudicada. Porque que eu digo isto? É que a América é uma superpotência e 'superpotência' significa ser um país ou um Estado com capacidade de influência global a nível político, militar, económico, tecnológico, à escala global e até cultural, à escala global. Então, se nós temos uma América com bases militares e vários comandos ao nível da Europa, do Oeste, do Sul e por aí adiante, a presença do Comando Militar de África ainda não está consolidada porque o antiamericanismo é forte e presente nesta zona. Então a América terá que conviver com este assunto, com esta luta por ganhar corações e mentes das lideranças africanas para poder manter a sua presença militar, porque 'superpotência' sem capacidade militar presente na escala global não é superpotência. Não é por acaso que dizemos hoje que só existe uma única superpotência, que são os americanos. E eles podem perder esse estatuto de superpotência se não consolidarem a sua presença militar no mundo. A África hoje é um lugar importante.

RFI: Quais são os riscos para o Níger? Porque o Níger, neste momento está numa transição, uma transição em termos de política interna e também em termos de estratégia e de parcerias internacionais.

Calton Cadeado: O risco grande de hoje é tirar a América, trazer os russos amanhã e daqui a 10, 20, 30 anos, ter problemas também com os russos, porque os russos não são os meninos de olhos azuis que não têm interesses. Hoje podemos ser amigos amanhã, mas isso pode durar 20, 30, 40, 50 anos, não é? É uma coisa. Enquanto essa parceria durar, tirar os nossos benefícios e garantir os nossos interesses nacionais, para os nigerianos, tudo bem. Mas também quanto tempo vai durar o regime golpista no poder? Nós não sabemos. Por último, estamos a falar que o Níger de hoje não é o mesmo Níger de amanhã, porque há muita população pobre e há muitos problemas domésticos no Níger que carecem de uma solução que obriga a que o Níger faça parceria com outros estados. E a Rússia não será nem de perto a única solução para os seus problemas.

RFI: Este fim-de-semana, a Junta Militar reiterou, tal como o tinha dito logo depois do golpe, que a transição iria durar três anos. Julga que a Junta Militar vai respeitar a sua promessa?

Calton Cadeado: É difícil dizer isso hoje. Se olharmos para o que está a acontecer no Mali, é difícil dizer o que vai acontecer amanhã. Se olharmos para o que está acontecendo no Burkina Faso, também. Este trio Burkina Faso, Níger, Mali, parece que eles estão a ter vitórias políticas e estratégicas que lhes dão um pouco mais de força e de conforto para poder navegar a seu bel-prazer neste processo de transição. Por exemplo, na semana passada, o Níger conseguiu uma vitória que não foi muito falada, que foi a suspensão das sanções que a Nigéria tinha imposto e estamos a caminho da suspensão das sanções da CEDEAO. Então a CEDEAO hoje precisa tanto do Níger, mas o Níger também precisa da CEDEAO. Se se consolidarem estas vitórias políticas curtas, pequenas, isto vai dar mais força a estes regimes golpistas e se calhar até inspirar outros regimes golpistas para poderem navegar à vontade. 

Eu digo isto porque, para além desta vitória de suspensão, os nigerianos, mesmo com os problemas domésticos que têm agora, mandaram um sinal ao mundo que todos não estavam à espera, que é a renegociação da exploração dos recursos naturais. Nunca o Níger ganhou dinheiro para a exploração do urânio como está a ganhar na actualidade. Isto pode também ajudar o Níger a sobreviver, a criar uma certa postura de arrogância e evitar cumprir todos aqueles prazos ou compromissos assumidos em termos de transição política.

Por: Liliana Henriques
Conosaba/rfi.fr/pt/

Campanha de cajú 2024: GOVERNO ANUNCIA REMOÇÃO DE TODAS AS BARREIRAS NÃO TARIFÁRIAS NA GUINÉ-BISSAU

O primeiro-ministro, Rui Duarte de Barros, anunciou esta sexta-feira, 15 de março de 2024, que o governo vai trabalhar no sentido de remover todas as barreiras não tarifárias, permitindo maior fluidez no circuito de comercialização, escoamento e um rigoroso controlo das saídas clandestinas da castanha de cajú.

As promessas foram deixadas pelo chefe do executivo durante a cerimónia de abertura oficial da campanha de comercialização e exportação da castanha de cajú da safra 2024.

O ato central teve lugar em João Landim, setor de Bula, nas instalações de Harry África, sob o lema: tolerância zero à saída clandestina da castanha de cajú.

O preço estabelecido pelo governo é de trezentos francos CFA, como preço de referência para cada quilograma ao produtor e oitocentos dólares para cada tonelada.

O chefe do executivo disse que os desafios e as perspetivas para o ano 2024 são otimistas, com uma produção total de cerca de duzentas mil toneladas da castanha de cajú.

Rui Duarte de Barros defendeu a necessidade de pensar verdadeiramente numa revolução no setor de cajú, apostando não só no reordenamento, bem como na sua transformação.

“Na transformação, deve-se evitar as incertezas que advêm da mesma. Por exemplo, quando o mercado estiver bom em termos dos preços de produtos ao produtor, todos os transformadores choram e no ano em que o preço do produto for mal, todas as pessoas pensam na transformação”, indicou e disse que um dos desafios para o setor de cajú da Guiné-Bissau é a valorização local antes da exportação, transformação da parte de produção anual em produtos processados antes, aumentando o rendimento geral de cajú.

Por sua vez, o ministro do Comércio e Indústria, Orlando Mendes Veigas, frisou que a presente campanha de cajú representa um desafio para todos, na medida em que o sucesso dela depende de uma fiscalização aturada e consequente, o que “cobre as etapas que vão desde produtores até ao consumidor final”.

O titular da pasta do Ministério do Comércio e Indústria destacou, neste particular, que a fiabilidade e o sucesso da presente campanha deve associar-se a um conjunto de medidas governamentais, que passam pela colocação de fiscais e brigadas de monitorização em todos os pontos estratégicos nas linhas fronteiriças do território nacional, eliminação de todas as barreiras não tarifárias, tidas como um dos obstáculos ao escoamento da castanha para cidade de Bissau, abertura de básculas de escoamento e, consequentemente, o processo de exportação de toda castanha de cajú, a disponibilização a todas as delegacias regionais do comércio das alvarás e licenças de intermediários de postes e de escoamento e licenças de exportação a partir da abertura de campanha.

O governante desafiou a população a ser um dos principais fiscalizadores, tendo anunciado que quem denunciar uma infração à lei comercial terá vinte por cento do produto apreendido e a brigada atuante na operação terá trinta por cento e cinquenta por cento será revertido a favor do Estado e que todos os materiais ou meios logísticos apreendidos, no âmbito do contrabando, serão revertidos a favor do Estado.

Presente no ato, o Presidente da Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços, Mama Samba Embaló, apelou a todos os operadores económicos e empresários a comprarem a castanha ao preço estipulado pelo governo.

Mama Samba Embaló convidou os colegas empresários no sentido de apostarem e investirem na formação das indústrias e transformação de castanha da Guiné-Bissau, bem como no investimento local de outros produtos nacionais.

Mama Samba Embaló diz esperar da presente campanha uma festa e que haja apoios na fiscalização para que a castanha seja comprada ao produtor no preço estipulado, para minimizar o sofrimento da população.

Por: Carolina Djemé
Fotos: CD
Conosaba/odemocratagb

ATUALIDADE GOVERNO GUINEENSE E A EMBAIXADA DOS EUA ANALISAM DESAFIOS DE TRÁFICO DE DROGAS E DE SERES HUMANOS


O Embaixador dos Estados Unidos da América para a Guiné-Bissau e o Senegal, Michael Raynor, revelou ter analisado com o ministro do Interior e da Ordem Pública, Botche Candé, os desafios ligados ao tráfico de drogas e de seres humanos.

À saída do encontro com o governante guineense, o diplomata norte-americano disse ter abordado também,com Botche Candé, a definição de mecanismos essenciais sobre o respeito às regras democráticas e as liberdades fundamentais dos direitos humanos.

Reconheceu que num mundo democrático sempre há faculdades entre garantir as liberdades fundamentais das pessoas, a paz e a segurança e “ministério do Interior não foge à regra, porque percebemos que tem sido um dos seus desafios”.

“Há necessidade de o país defender certos princípios para lavar a imagem do país e proteger a sua reputação e vamos trabalhar juntos nessa matéria. Hoje, é o início de um longo caminho a percorrer, trabalhar pelo bem-estar da Guiné-Bissau e estreitar as nossas relações bilaterais”, assegurou.

Michael Raynor disse ter ficado satisfeito por ter sido convocado pelo ministro do Interior e da Ordem Pública, Botche Candé, para analisarem as oportunidades, os desafios, as prioridades do governo e a forma como poderão trabalhar para ultrapassar vários problemas que o país enfrenta em diferentes setores.

Botche Candé recebeu igualmente esta sexta-feira o novo embaixador da vizinha República da Guiné-Conacri, Eduard Théa, que foi rogar ao ministro do Interior no sentido de assegurar-lhe e garantir a segurança à comunidade do seu país na Guiné-Bissau.
“Onde há duas ou mais pessoas, não podemos evitar que surjam pequenas diferenças e conflitos e sozinho não serei capaz de fazê-lo, por isso vim pedir apoio das autoridades deste país a ajudarem a controlar o meu povo. Confesso que fiquei satisfeito por saber que o ministro Botche Candé é uma pessoa com larga experiência em matéria de governação e de segurança”, enfatizou.

Por: Filomeno Sambú
Conosaba/odemocratagb