terça-feira, 26 de julho de 2016

PAIGC CONVIDA PRIMEIRO-MINISTRO A APRESENTAR SEU PRÓPRIO PROGRAMA DE GOVERNAÇÃO



O PAIGC, partido vencedor das últimas eleições legislativas na Guiné-Bissau, mas arredado do poder, exortou hoje o atual primeiro-ministro, Baciro Djá, a apresentar ao Parlamento "o seu próprio programa" de governação antes do dia 02 de agosto.

A exortação foi hoje feita por João Seidiba Sani, vice-líder do grupo parlamentar do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), à margem de uma conferência de imprensa que o partido promoveu para reagir ao posicionamento dos deputados que apoiam o Governo.

De acordo com Seidiba Sani, o programa do Governo apresentado por Baciro Djá ao Parlamento, para uma eventual discussão e aprovação, "é uma propriedade exclusiva" do PAIGC pelo que o primeiro-ministro "tem até dia 02 para apresentar o seu próprio programa" de governação.

O programa em questão é o denominado Plano Estratégico Operacional (PEO), 'Terra Ranka', com o qual o PAIGC projeta levar a Guiné-Bissau ao desenvolvimento até 2025, contando com os apoios financeiros da comunidade internacional.

O líder do PAIGC, o ex-primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, lembrou que foi com este plano que o seu Governo obteve a promessa de apoios financeiros de cerca de mil milhões de euros da comunidade internacional numa mesa redonda em Bruxelas em marco de 2014.

O atual primeiro-ministro, Baciro Djá, um dos 15 deputados dissidentes do PAIGC, defende que o 'Terra Ranka' "é uma propriedade de todos os guineenses" e não de uma formação politica e que ele próprio participou na sua elaboração na altura enquanto membro do Governo de Domingos Simões Pereira.

A bancada parlamentar do PAIGC disse que requereu, desde o dia 20 deste mês, junto da direção do Parlamento, que o programa 'Terra Ranka' fosse retirado da agenda das discussões e que na quinta-feira vai votar, na comissão permanente, para que assim seja.

É ao nível da comissão permanente que são agendados os assuntos que devem ser abordados em sessão plenária do Parlamento guineense.

O órgão é composto por 15 elementos, entre os quais nove do PAIGC e seis do Partido da Renovação Social (PRS).

Lusa/Conosaba

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