A Plataforma Aliança Inclusiva (PAI)-Terra Ranka, vencedora com maioria das legislativas da Guiné-Bissau, entregou hoje formalmente ao Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, a proposta de nomeação de Geraldo Martins para o cargo de primeiro-ministro.
A proposta foi entregue pelo coordenador da coligação vencedora das legislativas de 04 de junho, Domingos Simões Pereira, ao Presidente guineense após audiências com todos os partidos com assento parlamentar.
"Já foi entregue", disse Domingos Simões Pereira.
Antes o também presidente da Assembleia Nacional Popular e líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) já tinha afirmado, no final da audiência com o chefe de Estado, que iria entregar ainda hoje a proposta formal de nomeação de Geraldo Martins para liderar o futuro Governo guineense.
Além da coligação PAI-Terra Ranka, o chefe de Estado guineense esteve reunido também com o Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), que disse ao Presidente não se opor à nomeação de Geraldo Martins para o cargo.
"O Madem-G15 não tem nada a dizer sobre a proposta apresentada pela PAI-Terra Ranka. O Madem está disponível e aberto. Respeitamos os resultados eleitorais e vamos fazer uma oposição democrática no sentido de continuar a estabilizar o país", disse Abdu Mané, líder parlamentar do partido.
O Madem-G15 elegeu 29 deputados e vai liderar a oposição no parlamento.
O Presidente ouviu também o Partido de Renovação Social, que assinou um acordo de incidência parlamentar e governativa com a coligação vencedora das eleições, e o PTG (Partido dos Trabalhadores Guineenses), que está também a negociar um acordo com a PAI-Terra Ranka.
Os encontros terminaram com a audiência ao primeiro-ministro cessante e líder da Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Nuno Gomes Nabiam, que informou que entregou a sua demissão do cargo.
"Nós reiteramos a nossa total colaboração, no sentido de o Presidente avançar e nomear o candidato proposto pela PAI-Terra Ranka para primeiro-ministro e consequente formação do novo Governo. Também apresentei a demissão do Governo por mim liderado", afirmou Nuno Gomes Nabiam.
O líder da APU-PDGB, que elegeu um deputado nas legislativas de 04 junho, disse também que não vai assinar nenhum acordo de incidência parlamentar com a coligação vencedora e que vai "colaborar com o novo Governo em tudo o que for bom para o país", mas que também é bom haver oposição.
"Isto é um processo democrático e quem ganha tem de governar e tem de haver oposição. O exercício tem de ser feito assim. A APU está preparada para fazer o seu trabalho enquanto oposição", salientou.
Conosaba/Lusa
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