terça-feira, 15 de agosto de 2023

Noite dramática no Bessa termina em vitória arrancada a ferros pelos axadrezados. Águias ficaram reduzidas a 10 unidades aos 50 minutos e pagaram caro os erros defensivos (que incluem um penálti).

O Benfica entrava em campo no Bessa com o objetivo de iniciar a defesa do título da melhor maneira, mas estaria longe de imaginar o final dramático que o esperava na visita ao Boavista na noite de segunda-feira. Depois de conquistar a Supertaça frente ao FC Porto, menos de uma semana antes, eis que as águias entravam em ação na nova edição da I Liga com a confiança em alta.

As coisas até começaram a correr bem para os comandados de Roger Schmidt, treinador que viu Angel Di María quebrar o nulo aos 22 minutos, numa jogada à velocidade de Rafa Silva. No entanto, a história do jogo mudou de forma radical aos 50 minutos, altura em que Petar Musa foi expulso por uma entrada dura sobre Abascal.

O golo do empate apareceu de forma imediata por Bozeník, sendo que Rafa ainda conseguiu devolver a colocar as águias em vantagem, mas Bruno Lourenço, de penáti, e Bozeník, uma vez mais, garantiram que a vitória seria dos visitados e não dos visitantes.

Vamos, por isso, aos protagonistas.

A figura

Róbert Bozeník foi uma das apostas do Boavista para a nova temporada, depois de ter estado cedido pelo Feyenoord na última época. O avançado eslovaco decidiu responder da forma que os adeptos mais gostam: com golos. No primeiro teve sentido posicional e no segundo, que valeu o triunfo, revelou sangue frio para bater Odysseas cara a cara. Dois golos a abrir o campeonato que deixam água na boca.

A surpresa

No meio do desnorte que tomou conta dos jogadores do Benfica, Rafa foi sempre um dos mais esclarecidos e cedo percebeu que havia condições para ferir o adversário, mesmo estando em desvantagem numérica. Assistiu Di María para o primeiro golo e assinou o segundo das águias no Bessa. Mais não se podia pedir.

A desilusão

Petar Musa ansiava por uma oportunidade para ser titular e acabou por desperdiçá-la da pior forma possível: com uma expulsão que acabou por custar uma derrota no arranque do campeonato. A entrada não foi intencional, mas pede-se maior prudência até porque a segunda parte mal tinha começado. Noite para esquecer.

Os treinadores

Roger Schmidt

Apostou em Jurásek e em Musa para o arranque do campeonato, mas ambas as apostas ficaram longe de ser bem sucedidas. O croata, já foi referido, foi expulso e o lateral checo continua a mostrar dificuldades em definir. Tentou equilibrar a equipa tirando Di María e apostando em Morato, para libertar os laterais, e no final tentou dar músculo ao meio-campo. Pode queixar-se de alguma falta de sorte por conta das duas bolas aos ferros.

Petit

Foram precisos 18 jogos para que Petit conseguisse derrotar o Benfica na carreira como treinador. Perdeu vários jogadores de primeira linha, mas soube montar uma equipa à sua imagem e que aproveitou o facto de estar em vantagem numérica durante quase toda a segunda parte.

O árbitro

A noite foi complicada e contou com vários lances de difícil análise, mas no fim de contas é justo salientar que grande parte das opções de António Nobre foram acertadas: Penálti bem assinalado, expulsão de Musa ajustada e nenhuma irregularidade no terceiro golo do Boavista.

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