Os líderes de 4 países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), estiveram reunidos ontem na Nigéria para discutir sobre as transições democráticas e a segurança na região, informou a organização.
No âmbito desta reunião sobre a qual pouco filtrou, o chefe de Estado nigeriano Bola Tinubu, recentemente eleito presidente da CEDEAO, reuniu-se em Abuja com responsáveis do Níger, da Guiné-Bissau e do Benim com quem abordou nomeadamente a segurança no Mali após a retirada da missão da ONU (Minusma), criada em 2013 para apoiar o país ameaçado pela pressão jihadista.
No final do mês passado, o Conselho de Segurança da ONU pôs fim à sua missão de manutenção da paz naquele país a pedido da junta militar maliana.
Com o apoio do Níger, 3 países, a Nigéria, o Benim e a Guiné-Bissau constituíram uma comissão tripartida com a tarefa de encontrar soluções de segurança alternativas na sequência da retirada da missão da ONU no Mali, incluindo o possível destacamento de soldados de países da CEDEAO.
Neste sentido, Omar Aliu Touray, Presidente da Comissão da CEDEAO indicou ontem que o Presidente do Benim, Patrice Talon, deve deslocar-se brevemente em representação desta task force, rumo ao Mali, ao Burkina Faso e à Guiné Conacri para abordar com os seus interlocutores questões de segurança e as respectivas transições democráticas desses países onde se deram golpes de Estado nestes últimos anos.
Este responsável informou igualmente que os 4 países reunidos ontem em Abuja "reafirmaram o seu apoio a rápidas transições democráticas nesses países" e que em matéria de segurança, eles se "comprometeram a dar uma resposta sólida", evocando um possível envio de tropas dos países da CEDEAO, contudo sem entrar em pormenores.
No passado mês de Dezembro, os países oeste-africanos decidiram criar uma força regional destinada a intervir não só contra o jihadismo mas também em caso de golpes de Estado. Contudo, não chegaram a detalhar a constituição e financiamento desta força.
Refira-se que para além dos ataques jihadistas em vários países da região, os 15 países da CEDEAO enfrentam igualmente um período de incerteza com 3 países-membros a terem sido recentemente palco de golpes de Estado militares.
Texto por: RFI
Conosaba/rfi.fr/pt
Sem comentários:
Enviar um comentário