quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

O Trabalho e a favor dos rentistas.

Por: yanick Aerton

Chama-se renda (o pesadelo dos funcionários públicos) aos ganhos obtidos pelos detentores de determinados privilégios (exemplos: propriedade da terra, de títulos da dívida pública, de concessões de estradas ou portos e aeroportos, etc.). As rendas não correspondem ao rendimento do trabalho efectuado pelos seus beneficiários. Elas devem ser contrapostas aos rendimentos do trabalho (exemplos: salários ou lucros de servidores públicos). Os rendimentos do trabalho são ganhos merecidos, ao passo que as rendas não o são baratos.

A distinção entre ganhos merecidos e não merecidos tem todo o interesse em matéria de política fiscal. A propriedade e a riqueza é uma medida louvável pois reduz o grau de desigualdade da sociedade, tornando-a menos injusta. Tributar o trabalho é o caminho para o depauperamento do tecido social, a redução do rendimento disponível da população e, em última análise, uma medida recessiva. Mas foi este o caminho escolhido pelo governo do senhor, TIO TESSO, ao anunciar em várias ocasiões um extra de 50% sobre o equivalente ao 13º mês dos assalariados (subsídio de Natal) e dos profissionais precários que emitem empréstimo para (fazer compras no períodos de festas). Uma opção de classe contra o trabalho e a favor dos rentistas.

Do lado das receitas, muitas outras opções haveria para atingir os mesmos objectivos (exemplos: produção das alfandegas e imposto, Mas convém não esquecer que a promessa eleitoral dos sucessivos governos era actuar sobretudo do lado da despesas. Mudaram-se os tempos (só 15 dias), mudaram-se as vontades...

Espero que o ministro das finanças vai pagar o salario do 13º antes de 31/12.

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