sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

“PRESIDENTE QUER INFLUENCIAR NOVA CONFIGURAÇÃO PARLAMENTAR QUE VAI PERMITIR IMPLEMENTAR REFORMA CONSTITUCIONAL” – diz analista


O Comentador político da Rádio Sol Mansi (RSM), Rui Jorge Semedo, disse que a ideia do Presidente da República em derrubar o parlamento demonstra a intenção de ter uma nova configuração parlamentar para implementar as reformas na Constituição da República.

Rui Jorge Semedo falava, hoje (16), à RSM, na sequência do pronunciamento do presidente da república em relação a ideia de derrube do parlamento.

No olhar de Rui Jorge Semedo o presidente poderá tomar esta medida tendo em conta que actual configuração poderá dificultar a sua proposta que é de conduzir o país ao sistema presidencialismo.

“Se na percepção do presidente existe uma grave crise e vai avançar para o derrube do parlamento isso quer dizer que as pessoas devem ver por além do que está nas nossas vistas; o presidente quer influenciar uma nova configuração parlamentar que vai permitir implementar as reformas sobretudo na Constituição da República”

Rui Jorge Semedo considera de um acto político a decisão de alguns deputados da Nação do PAIGC e da APU PDGB em abandonar a sessão parlamentar no momento de votação da proposta do Orçamento Geral de Estado.

Apesar disso o político fala na incoerência da mesma posição que durante o debate e a aprovação do Orçamento do parlamento estavam presentes e participaram por inteiro.

Na mesma entrevista à RSM, Rui Jorge Semedo disse que um Presidente da República não deve instruir o governo a cancelar o salário dos deputados da Nação, porque o acto de ontem não é um crime.

“Acho que o Presidente tem dificuldades de compreender alguns comportamentos políticos e leva tudo na linha de utilização de força”.

O presidente reuniu, hoje (17), os partidos políticos com representação parlamentar e o presidente do parlamento, mas nenhum coadunou com a posição de Embalo em derrubar o parlamento. Para esta tarde, está marcado o conselho de Estado e o país corre o risco de ver o parlamento novamente derrubado e poderá ir às eleições legislativas antecipadas dentro de 3 meses.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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