A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) denunciou uma eventual transformação do Ministério do Interior num “santuário de ilegalidades com o único propósito de instalar o medo generalizado e por conseguinte consolidar o autoritarismo na Guiné-Bissau”.
Na sua página oficial no Facebook, a LGDH exige a libertação “imediata e incondicional” de 12 dirigentes do MADEM-G15 detidos este sábado pelas forças de segurança.
“A LGDH acompanha com bastante preocupação as informações que dão conta de detenções abusivas e ilegais de 12 dirigentes do partido MADEM G-15 entre os quais o Deputado Bamba Banjai, efetuadas hoje, dia 03 de fevereiro de 2024, pelas forças de segurança do governo de iniciativa presidencial no recinto do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira.
Este ato arbitrário vem se juntar a tantos outros que têm sido praticados pelo Ministério do Interior liderado pelos senhores Botche Candé e José Carlos Macedo Monteiro, no quadro do cumprimento de “ordens superiores”, configurando estas uma estratégia ditatorial de confiscar os direitos e liberdades fundamentais constitucionalmente assegurados à todos os cidadãos” lê-se, tendo condenado “mais uma vez estas detenções ilegais e abusivas e exige a libertação imediata e incondicional dos detidos”.
A Liga responsabiliza ainda o Ministro do Interior, Botche Candé, e o Secretário de Estado da Ordem Pública, José Carlos Macedo Monteiro, pelas consequências das suas sistemáticas ações de detenções arbitrárias, suspensão da liberdade de manifestação, intimidações de vozes discordantes e perseguições aos jornalistas.
Por fim, a Liga exige a intervenção imediata do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, “enquanto entidade de quem emana este governo”, no sentido de estancar essas práticas abusivas que em nada abonam para a imagem e o prestígio dos órgãos do poder político da Guiné-Bissau.
Por: Tiago Seide
Conosaba/odemocratagb.
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