O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, afirmou esta quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024, que a Guiné-Bissau e o Djibuti, que apesar de se situarem nos dois extremos do continente africano, têm todos os motivos para cooperar e trabalhar em conjunto no sentido de aproximar os povos africanos e de contribuir para a consolidação da unidade do continente africano para a promoção do desenvolvimento harmonioso dos respetivos países e do bem-estar das suas populações.
“A Guiné-Bissau e o Djibuti sempre trabalharam, de mãos dadas, no âmbito de organismos e organizações internacionais: seja a ONU, a Organização para a Cooperação Islâmica ou a União Africana. A cooperação económica, cultural e científica entre os nossos dois países deve ser reforçada, para melhor corresponder aos sentimentos de amizade, fraternidade e solidariedade que caracterizam as relações que unem os nossos dois países e que também existem, entre o meu irmão Presidente Ismail Omar Guelleh e eu”, disse o chefe de Estado guineense na sua intervenção no Parlamento de Djibuti, onde se encontra no âmbito de uma visita oficial de dois dias, iniciada ontem para reforçar a cooperação entre a Guiné-Bissau e a República do Djibuti.
O Djibuti é um país no Golfo de Adem na África Oriental e diretamente no Estreito de Bab al-Mandab e com uma área total de 23.200 km² e uma linha costeira total de 314 km. O país conta com uma população estimada em mais de um milhão.
O Djibuti é o 133º país com maior PIB per capita no mundo e a 167ª maior economia por Produto interno bruto (PIB), quase com ausência de recursos naturais, tendo alcançado a sua independência em relação à França a 27 de junho de 1977. E devido a sua situação geográfica, alberga as bases militares dos Estados Unidos da América, da China, da França, entre outros.
Embaló, na sua mensagem aos parlamentares, transmitiu as saudações fraternas do povo da Guiné Bissau, que segundo o chefe de Estado, apesar da distância geográfica que existe entre os dois países, mantêm sólidas relações de amizade e cooperação com a República do Djibuti, baseadas nos valores africanos de concórdia, fraternidade e solidariedade. E reconheceu que o Djibuti ocupa um importante lugar estratégico em África e na cena mundial.
O Presidente da República assegurou que o Djibuti constitui uma ponte sólida e preciosa entre os povos e as nações do outro lado do Mar Vermelho. Acrescentou, neste particular, que o “Djibuti é um elemento essencial da arquitetura geopolítica global e sempre assumiu o seu papel com inteligência e responsabilidade.
“Nestes tempos incertos de múltiplas crises políticas e ameaças à manutenção da paz no mundo e, em particular, nesta região do globo, onde a navegação marítima é essencial para o comércio e a economia global, o Djibuti sempre desempenhou um papel crucial na promoção do diálogo, na mediação e na reconciliação estreita entre as partes em conflito”, disse, afirmando que ocupa certamente um território pequeno, “mas é sem dúvida um interveniente fundamental na manutenção do equilíbrio geopolítico no Corno de África” e reafirmou que existem países pequenos, mas não existem estados pequenos.
Reconheceu ainda que os parlamentares desempenham um papel importante na construção da nação, na paz e na unidade, com vista ao desenvolvimento socioeconómico do país e ao progresso social do povo.
Por: Assana Sambú
Conosaba/odemocratagb
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