“Troca de mimos” é uma expressão usada com muita regularidade nos meios jornalísticos, particularmente entre os profissionais guineenses.
Há poucos dias, no programa “Repórter África” da RTP África, também ouvi o pivô a dizer que houve “trocas de mimos entre os altos dirigentes da segunda força política na Guiné-Bissau [MADEM G-15]”.
É sempre difícil associar o comportamento da “condescendência” (superioridade) ao tratamento “carinhoso” (mimoso). A condescendência -- sobretudo a política -- é raramente mimosa.
Na minha opinião, quando as acusações são graves em natureza, não se trata de nenhuma “troca de mimos” entre as partes. Aliás, um tal enquadramento retira a seriedade jornalística que o conteúdo em questão devia merecer.
Para concluir, há momentos em que a objectividade linguística (e situacional) tem que se sobrepor à criatividade jornalística.
Respeitosamente,
Foto: ANG
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