A Guiné-Bissau precisa de tudo, menos de perder o seu precioso tempo em questões que em nada contribuem senão ao aprofundamento da divisão da sociedade, que os políticos estão a promover cada dia que passa.
O que se passa no terreno é absolutamente normal. Desde a introdução do multipartidarismo, o eleitor Guineense nunca votou com base nos conteúdos programáticos das candidaturas.
Quando foi fundado o PRS, quem foram os que mais se juntaram a esse partido? Evidentemente aqueles Guineenses que mais se identificavam com o seu líder e, coincidentemente, membros da etnia a que pertencia o Koumba. Um fenómeno natural.
A mesma coisa se pode dizer em relação a uma formação política criada por um Fula, um Creolo, um Mandinga, um Manjaco, um Muçulmano ou um Cristão. Isso não significa que esse ato seja tribalismo.
Alguma vez alguém questionou os 30.000 votos da região de Biombo atribuídos fraudulentamente ao Presidente Nino, nas eleições em que teve como principal adversário o Presidente Bacai? É isso também tribalismo?
É uma grande inverdade tentar enganar as pessoas que alguns políticos estão a promover o tribalismo ou intoxicar a sociedade com questões de pertença religiosa, porque o povo não é burro e sabe “separar o joio do trigo”.
Para atacar o adversário, muitos estão a bombardear a sociedade com frases como: e muçulmanos cana bai Mas Palácio.
. As mesmas pessoas que diziam no passado: Palácio transforma na Nghaendadi. Na presidência do Jomav, falaram de Djambacusndadi e no vez do Umaro sissoco Embalo, fulanis.
Sem nenhum complexo, mas se fosse um Creolo oriundo do perímetro alcatroado de Bissau Zinho, aí, tudo seria considerado “mar de rosas”.
O mais chocante é ver um lunático só sabem incentivar Discursos étnicos nas redes sociais que dão vozes ao imbecil” tchamidoris nas barracas do Portugal” anda promover insultos raciais ou xenofobia, os fulas são pessoas do bem como a outras etnias que se encontram na Guiné-Bissau.
Se um muçulmano acede a presidência da república, ele vai construir mesquita no Palácio, mas quando o Cristão é eleito presidente da república, ele não leva nenhum sinal que o identifica com a sua religião? Quando isso acontece, isso é, a ocupação do Palácio Rosa por um Cristão, isso significa que o Palácio está entregue em boas mãos.
Essas tentativas de se refugiarem nesses discursos vazios não passa de uma estratégia de “intoxicar as opiniões dos menos atentos” os votos dos menos esclarecidos, quando na realidade esses “caras” como dizem os Brasileiros, são os mais tribalistas, uns complexados e, em privado, fazem-se de vítimas do sistema por serem dá uma determinada confissão religiosa.
É bom procurarmos ser mais realistas. A medida que os membros de uma comunidade ganham consciência e compreensão dos grandes desafios que têm a sua frente, as escolhas passam a ser mais seletivas e, no contexto sobretudo Africano.
Assim, em igualdade de circunstâncias, optam por escolher aquele candidato com quem mais se identificam e capaz de defender os seus interesses. É precisamente o que estamos a verificar nas próximas eleições presidenciais, em que cada comunidade vai preferiu dar o seu voto aquele candidato com quem mais se identifica e julga capaz de defender os seus interesses.
É só na Guiné-Bissau que uma meia dúzia de gatos-pingados, uma minoria assimilada e creolizada, conseguiram manipular a maioria durante todos esses anos. Não é normal uma minoria passar todo esse tempo a manipular a maioria, como se os seus membros ou a sua elite fossem carneiros, os seus membros se deixaram “encarneirar”.
Daí a premente necessidade de se criarem universidades públicas, pelo menos uma em cada província, para permitir que os filhos dessas localidades possam estudar localmente e formar-se.
A partir daí, nada será como dantes, porque ninguém poderá enganar os progenitores desses filhos, como se tem verificado nesses anos todos.
Falemos de outra coisa que não seja de tribalismo ou de “religionismo”, porque é um falso debate. Pura e simplesmente, as pessoas ganharam a consciência de que o exercício de altos cargos a frente dos grandes partidos políticos, do Estado, etc., não é reservado apenas a uma certa gentalha.
Nenhum político poderá dividir os Guineenses, por mais que tente com discursos enganadores.
Nós, Guineenses somos unidos e indivisíveis!
Viva unidade nacional!
Viva unidade multicultural e multi-étnico!
Por: Yanick Aerton
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