Um total de quarenta e um (41) cidadãos Camaroneses e três funcionários do Ministério do Interior afetos à direção-geral de Migração e Fronteiras encontram-se detidos nas celas da polícia de segunda esquadra, em Bissau, na posse de passaportes adquiridos ilegalmente.
Os detidos tinham nas suas posses passaportes da Guiné-Bissau adquiridos da forma ilegal, através de uma rede instalada no país que conta com a colaboração dos funcionários dos serviços da direção-geral de Migração e Fronteiras. No entanto, dentre os 41 cidadãos camaroneses 16 deles são mulheres que foram presas nos diferentes bairros da capital guineense.
Em reação a estas detenções, o ministro do Interior e da Ordem Pública, Botche Candé, promete medidas duras contra qualquer funcionário envolvido nesta prática.
“Qualquer que seja funcionário que esteja envolvido nesta rede, acionaremos as medidas duras para que possam compreender que não fizeram o correto, até porque tinham sido confiados estas funções pelo Estado guineense e não devem trair as confianças atribuídas, até ao ponto de darem as armadas que são dados para manter a segurança do país, aos mesmos cidadãos estrangeiros isso é gravíssimo mesmo”, lamentou
O ministro realçou ainda os trabalhos feitos em colaboração entre os departamentos afetos ao seu pelouro.
“Como é possível ter funcionários em migração que fazem ato do género, a pessoa ainda se encontra no seu país e manda o seu passaporte do seu país de origem para a migração e a rede ocupa de tratar os documentos da Guiné-Bissau desde a bilhete de identidade até o passaporte, mas ainda aquele cidadão encontra no seu país e se o processo de documentação terminar ao chegar no aeroporto internacional a rede imediatamente te dá os documentos nacional e te dão o alojamento”, assegurou
Após a visita do ministro do Interior e da Ordem Pública, a esses detidos, em conferência de imprensa, o diretor do gabinete do ministro do Interior, Ibraima Tcham afirma que de momento vão suspender temporariamente a assinatura dos passaportes.
“Vamos suspender temporariamente a assinatura dos passaportes, porque começaremos a verificar detalhadamente os passaportes, fomos enganados durante o processo porque esses estrangeiros tinham todos os documentos da Guiné-Bissau que talvez alguns de nós não têm fato que considero de muito grave”, acrescentou
A referida rede de falsificação dos documentos começou a atuar desde o ano 2022 e já atribuiu mais de 500 passaportes nacionais aos estrangeiros camaroneses que procuram caminhos para os diferentes países.
Nos últimos tempos, as autoridades nacionais efetuaram várias detenções deste género. No passado recente foram detidos mais de dez (10) estrangeiros com passaportes da Guiné-Bissau.
Por: Diana Bacurim/radiosolmansi com Conosaba do Porto
Imagem: Internet
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