Um grupo de pessoas não identificadas incendiou e deixou uma destruição completa no lugar de retiro tradicional de Mindará arredores de Bissau, na madrugada desta terça-feira.
A informação deste caso foi avançada hoje (22-029 por uma das famílias da pessoa que presta serviços nessa localidade de culto tradicional, numa entrevista à Rádio Sol Mansi pelo ocorrido no Bairro de Mindara nos arredores de Bissau.
Adama Nanuque considera a situação uma covardia, porque cada pessoa é livre de professar a religião que quer, como refere também a Constituição da República da Guiné-Bissau.
“Esta cena de queimar a baloba é um ato de covardia porque cada pessoa é livre de professar a sua religião da sua maneira, como refere também a Constituição da República, por isso não deve haver a interferência de ninguém”, Afirmou Adama Nanque.
Perante estes factos, a igreja Católica da Guiné-Bissau já reagiu considerando de grave esta situação, por isso, condenou o ocorrido com toda a força.
A reação da igreja foi tornada pública à Rádio Sol Mansi, pelo Vigário-Geral da Diocese de Bissau, padre Davide Sciocco, que considera esta situação de anormal, porque mina a sã convivência Inter-religiosa. Padre Davide, expressa a total solidariedade da Igreja Católica para com as vítimas.
“Condenamos este ato com toda a nossa força e solidarizamos com os que praticam a religião neste lugar sagrado”, disse o vigário-geral considerando que para os católicos o lugar sagrado deve ser respeitado, recordando o episódio da vandalização da igreja católica de Gabu.
Nos últimos tempos o país tem vindo a verificar-se a vandalização das igrejas de diferentes confissões religiosas, tais como aquelas que aconteceram na Igreja Santa Isabel de Gabú no leste do país, Capela da Comunidade Beata Anuarite em Bissau, quando ainda fazia parte da Paróquia Nossa Senhora de Ajuda e Mesquita em Mansoa, entre outros.
A Guiné-Bissau é um país caracterizado por um grande pluralismo religioso, resultante de inúmeros fluxos migratórios e rotas comerciais que têm vindo a cruzar o território ao longo dos séculos.
Por: Marcelino Iambi/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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