O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, realiza hoje encontros com os partidos políticos com assento parlamentar, depois das eleições legislativas de 04 de junho, iniciando o processo para nomeação do futuro primeiro-ministro e consequente formação do Governo.
Segundo a agenda do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló inicia as audiências com a Plataforma da Aliança Inclusiva (PAI) -- Terra Ranka, vencedora das legislativas, que domingo anunciou que vai propor o nome de Geraldo Martins para primeiro-ministro.
A Plataforma da Aliança Inclusiva -- Terra Ranka, é coordenada por Domingos Simões Pereira, líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que foi eleito presidente do parlamento guineense no passado 27 julho.
A PAI -- Terra Ranka venceu as legislativas com maior, conseguindo eleger 54 dos 102 deputados do parlamento guineense.
A seguir o chefe de Estado vai reunir-se com o Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), liderado por Braima Camará, que obteve 29 deputados na Assembleia Nacional Popular.
Os encontros prosseguem com o Partido de Renovação Social (PRS), liderado por Fernando Dias, que conseguiu 12 deputados nas eleições e que recentemente assinou, com a PAI -- Terra Rança um acordo de incidência parlamentar e governativa.
O Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), liderado por Botche Candé, e que obteve seis deputados na sua estreia eleitoral, será a quarta força política a ser ouvida pelo chefe de Estado.
O PTG também está a negociar com a PAI -- Terra Ranka um acordo, tendo reunido domingo com a coordenação da coligação. No final do encontro, os dirigentes disseram que as negociações vão prosseguir.
Por último o Presidente guineense reúne-se com o primeiro-ministro cessante Nuno Gomes Nabiam, que lidera a Assembleia do Povo Unido -- Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), e que obteve apenas um deputado nas legislativas.
A sociedade civil guineense tem feito críticas à demora na nomeação do novo primeiro-ministro e futuro Governo da Guiné-Bissau, considerando que está a "elevar a tensão política e social e o nível de crispação", numa altura em que a população enfrenta uma difícil situação económica com a diminuição do poder de compra e uma má campanha de comercialização da castanha de caju.
Conosaba/Lusa
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