A Polícia Militar do Rio de Janeiro decidiu expulsar Ronnie Lessa, acusado da morte da ativista e vereadora Marielle Franco, após quatro anos de sua prisão por considerar que o ato causou danos irreparáveis à imagem da corporação.
A polícia ‘carioca’ considerou, numa nota, que as condutas cometidas “implicam desacato ao serviço policial militar e seus colegas, manchando irremediavelmente a imagem da corporação” e que “o procedimento condenável adotado pelos militares estaduais não se enquadra nos princípios básicos desta instituição”.
Lessa, cuja demissão entrou em vigor na quarta-feira, respondia a um processo disciplinar desde 2021 quando foi condenado a quatro anos e meio de prisão por ocultar provas do assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes.
Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro, o ex-polícia, juntamente com outros réus, teria atirado ao mar as armas utilizadas nos homicídios de Marielle Franco e Anderson Gomes, que antes estavam escondidas no seu apartamento localizado na zona oeste do Rio de Janeiro e que nunca foram encontradas.
Já em 2019 a Polícia Militar havia aberto outro inquérito disciplinar após Lessa ser acusado dos assassinatos, porém, foi suspenso em outubro de 2021 enquanto se aguarda a conclusão do processo judicial para esses factos, segundo o jornal O Globo.
O assassínio de Marielle Franco, em março de 2018, chocou parte da sociedade brasileira. Afrodescendente, bissexual e destacada ativista pela defesa dos direitos das minorias, Marielle Franco foi atingida por tiros no centro do Rio de Janeiro após participar de um ato político com um grupo de mulheres.
No momento há apenas duas pessoas presas, Lessa, citado como autor dos disparos, e o ex-policial militar Elcio Queiroz.
No ano passado, Lessa foi condenado a mais 13 anos e seis meses por tráfico ilegal de armas.
Conosaba/Lusa
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