segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Libertado elemento do Movimento de Salvação do PRS da Guiné-Bissau - Liga dos Direitos Humanos




O porta-voz do Movimento da Salvação do Partido da Renovação Social (PRS) da Guiné-Bissau, Alqueia Tamba, detido na quinta-feira, foi libertado, anunciou hoje o vice-presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos da Guiné-Bissau, Bubacar Turé.

"O cidadão Alqueia Tamba foi libertado na noite do sábado. Está em liberdade e está em casa dele, mas ainda não sabemos se haverá uma queixa formal contra si junto das autoridades judiciárias", disse o ativista.

O porta-voz do Movimento da Salvação do Partido da Renovação Social (PRS) em memória de Presidente Kumba Ialá foi detido na quinta-feira, na sequência de uma conferência de imprensa durante a qual fez acusações ao chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, responsabilizando-o pela situação política e económica no país.


O vice-presidente da organização dos direitos humanos disse também que o cidadão Alqueia Tamba não só foi detido ilegalmente, como também "a sua privacidade, ou seja, o seu telefone pessoal, foi invadido e passado a pente fino para supostamente procurar informações das pessoas com quem ele vinha mantendo contacto".

"Pensamos que isso é um ato abusivo e ilegal. É um ato totalmente inaceitável no estado de direito, porque as correspondências e contactos pessoais dos cidadãos são privados e não podem ser invadidos por quem quer que seja" afirmou o ativista.

"O Ministério do Interior deve definitivamente deixar de ser um santuário de ilegalidade", porque, disse Bubacar Turé, a lei é o critério e limite da atuação de todas as autoridades.

Em comunicado, enviado no domingo à imprensa, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), na oposição, condenou "mais aquele ato de barbaridade" e responsabilizou o "atual regime por todas as consequências que possam advir desta expressa vontade de implantar a anarquia e o caos no país".

"O PAIGC regista ainda o silêncio ensurdecedor da comunidade internacional residente no país, que continua a ignorar os ruídos da forte degradação da situação política e social" e "mantendo uma postura de indiferença" perante as constantes denúncias das organizações da sociedade civil, acrescenta o partido.

O Partido de Unidade Nacional (PUN), sem representação parlamentar, também manifestou "repúdio por esta forma de atuação das autoridades e exortou as mesmas a respeitar os procedimentos legais em vigor no país".

Conosaba/Lusa

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