quinta-feira, 29 de abril de 2021

PR guineense apela ao diálogo entre sindicatos e Governo para resolverem problemas

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, apelou hoje ao diálogo entre os sindicatos e o Governo para a resolução dos problemas que afetam os trabalhadores e exortou à compreensão das partes sobre a situação financeira do país.

Umaro Sissoco Embaló visitou a sede da Confederação Geral dos Sindicatos Independentes (CGSI), a convite do secretário-geral, Malam Ly, aproveitando para abordar a onda de greves na Função Pública decretada pela maior central sindical do país, a UNTG (União Nacional dos Trabalhadores da Guiné).

Desde dezembro que a UNTG tem convocado greves gerais na Função Pública para exigir ao Governo, entre outros, a exoneração de funcionários contratados sem concurso público, melhoria de condições laborais e o aumento do salário mínimo dos atuais 50.000 francos CFA (cerca de 76 euros) para o dobro.

"A Guiné-Bissau é um país com parcos recursos, só vivemos das receitas das alfândegas e da DGC [Direção Geral das Contribuições e Imposto], mesmo nas pescas, há muitos países que deixaram de vir cá tirar licença (de pesca) por causa da pandemia", declarou Umaro Sissoco Embaló.

O chefe de Estado observou que as receitas caíram e que a única forma de ultrapassar as dificuldades é através do diálogo entre o Governo e os sindicatos, que devem compreender a situação do país.

"As pessoas devem dialogar. Ninguém deve barricar-se no sindicato que não é um lugar de fazer política, quem quiser fazer política que tome um cartão de um partido político", sublinhou Sissoco Embaló.

O Presidente guineense alertou os sindicatos de que as greves só contribuem para "desgastar a imagem" da Guiné-Bissau, mas também aconselhou o Governo a atender às reivindicações dos trabalhadores, "na medida das reais possibilidades".

Umaro Sissoco Embaló anunciou que ainda hoje vai chamar o "primeiro-ministro em exercício", Soares Sambú, que substitui o primeiro-ministro, Nuno Nabiam, ausente do país, por questões de saúde, para lhe transmitir as preocupações e medidas que devem ser tomadas para atender aos sindicatos.

Conosaba/Lusa

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