terça-feira, 30 de março de 2021

Cabo Verde/M´Bala Alfredo Fernandes entrega passaportes à comunidade guineense



Bissau, 29 Mar 21 (ANG) – O embaixador da Guiné-Bissau acreditado em Cabo Verde, M´Bala Alfredo Fernandes, entregou hoje duzentos passaportes e levou propostas de integração à comunidade bissau-guineense residente na ilha da Boa Vista, Cabo Verde.

M´Bala Alfredo Fernandes, que falava à comunicação social sobre a sua deslocação à ilha da Boa vista para entregar os passaportes à comunidade bissau-guineense radicada na Boa Vista, disse que a deslocação da comunidade à cidade da Praia para efeito de emissão de passaportes é “quase uma miragem”, o que veio a ficar mais complicado com o desemprego que atingiu, principalmente a comunidade guineense, devido à pandemia.

“Por isso entendeu-se por bem que uma equipa deveria deslocar-se às ilhas do Sal e da Boa Vista para poder minimizar o custo de deslocação à Praia para fazer o passaporte”, referiu M´Bala Alfredo Fernandes.

Outro propósito desta deslocação, conforme M´Bala Alfredo Fernandes, foi despedir-se da comunidade da ilha da Boa Vista, tendo em conta que está no fim a sua missão diplomática em Cabo Verde que o acolheu “amavelmente” em 2018.

“Muitas promessas que tínhamos feito conseguimos cumprir algumas, e hoje estamos aqui para cumprir o mais importante que é entregar mais de 200 passaportes aos guineenses que solicitaram o passaporte num momento muito difícil”, afirmou o diplomata que aproveitou a oportunidade para agradecer a colaboração da Câmara Municipal da Boa Vista e do Comando Regional da Policia na distribuição dos passaportes.

Quanto ao encontro com a comunidade guineense residente na ilha da Boa Vista explicou que “serviu para falar sobre os avanços que houve”, sobre “a confraternização em termos dos ganhos conseguidos desde a elevação do consulado-geral a Embaixada da República da Guiné-Bissau, em Cabo Verde, e dos propósitos da politica externa da Guiné-Bissau face ao Governo de Cabo Verde, nomeadamente dos últimos ganhos desta ligação politica intensa entre os dois países”.

“Quis ainda trazer algumas propostas para a melhoria da integração da nossa comunidade na ilha da Boa Vista de uma forma geral, e tentar fazer com que a comunidade tenha mais sentido de pertença e organizacional e manter a ligação à localidade de origem”, disse o embaixador da Guiné-Bissau.

O embaixador da Guiné-Bissau concretizou ainda que procurou ainda ouvir e compreender a sugestão dos seus concidadãos para tentar melhorar o que poderá deixar como legado, para a tarefa que considera “árdua” de erguer a missão diplomática em Cabo Verde.

M´Bala Fernandes reconheceu a integração dos guineenses, particularmente na ilha da Boa Vista, onde a comunidade é trabalhadora e influenciada pelo próprio meio, sublinhando ser “uma comunidade pacifica que está sempre ao lado da solidariedade da população acolhedora da Boa Vista”.

“Para nós é uma integração boa, mas ainda falta o que almejamos por causa dos documentos que nos exigem para melhor integração que é a legalização dos mesmos. E por causa da falta disso acaba por, de certa forma, dificultar a nossa legalização”, afirmou M´Bala Fernandes referenciando, neste caso concreto, “com a legalização jurídica e profissional”.

O embaixador M´Bala Alfredo Fernandes referiu ainda que “a comunidade guineense está bem integrada socialmente”, mas que poderia estar melhor se houvesse uma legalização a nível de emprego e de documentação para poderem circular entre os dois países.

Conosaba/ANG/Inforpress

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