quarta-feira, 31 de julho de 2024

PR guineense marca tertúlia com jornalistas aberta a "todas as perguntas"

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, anunciou hoje que no dia 05 de agosto terá uma tertúlia de duas horas com os jornalistas para debater todos os temas, mas avisou que "cada pergunta terá resposta adequada".

"Podem fazer todas as perguntas. Estão todos convidados, mas aviso que cada pergunta terá resposta adequada", afirmou Embaló.

O Presidente guineense falava aos jornalistas à margem da deposição de coroas de flores na campa de alguns heróis nacionais, na fortaleza de Amura, Quartel-General das Forças Armadas, no âmbito da visita de Estado do seu homólogo de Madagáscar, Andry Rajoelina.

Umaro Sissoco Embaló afirmou que até os jornalistas a quem foi pedido que boicotem as suas atividades estão convidados para o encontro no palácio da Presidência, em Bissau, na próxima segunda-feira.

O Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (Sinjotecs) da Guiné-Bissau apela ao boicote das atividades de Sissoco Embaló depois de este ter respondido com palavrões a uma pergunta de um jornalista que o questionou sobre a data da realização de eleições presidenciais.

O Sinjotecs considera as declarações de Embaló "mais um triste episódio" e exortou os profissionais de comunicação social a não cobrir as suas atividades, um apelo, contudo, que não tem sido respeitado.

"Não vi o boicote que me foi feito. Vejam-me a infantilidade, a irresponsabilidade de [dizer] que se vai boicotar o Presidente da República", destacou Umaro Sissoco Embaló.

O chefe de Estado guineense disse, dias depois da exortação do Sinjotecs, que também boicotou os jornalistas e questionou a legitimidade do sindicato, atualmente dirigido por Indira Correia Baldé, da delegação da RTP-África, em Bissau.

Para Sissoco Embaló, o sindicato não pode falar em nome dos jornalistas por ser um "órgão caduco", em alusão ao facto de o mandato da atual direção estar fora de prazo.

Embaló observou que a situação do Sinjotecs também deriva do facto de o Ministério Público e do Ministério da Comunicação Social não fazerem o seu trabalho.

"Quando não se está legal, não se pode falar. A Procuradoria-Geral da República e o Ministério da Comunicação Social têm de acionar os mecanismos", afirmou Umaro Sissoco Embaló.

Conosaba/Lusa

Sem comentários:

Enviar um comentário