O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, instou hoje o Ministério Público e o Ministério da Comunicação Social a atuarem contra a direção do Sindicato dos Jornalistas, que considera "caduca".
Sissoco Embaló reagiu, à saída da reunião do Conselho de Ministros, a que presidiu, à tomada de posição do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (Sinjotecs) da Guiné-Bissau que, na semana passada, apelou ao boicote das atividades do Presidente.
"Eu mesmo boicotei os jornalistas (...), eu mesmo decretei que boicotei o Sindicato dos Jornalistas, que é um sindicato que até nem está legal", declarou Embaló.
O Presidente guineense afirmou que só se pode falar quando se tem a legalidade.
"Aqui também é porque a Procuradoria-Geral da República não está a fazer o seu trabalho. Quando não se está legal, não se pode falar. A Procuradoria-Geral da República e o Ministério da Comunicação Social têm de acionar os mecanismos", afirmou Umaro Sissoco Embaló.
O chefe de Estado guineense reforçou a sua argumentação para afirmar que não se pode ter um órgão caduco e ter pessoas a falarem em nome dessa instituição.
Para Umaro Sissoco Embaló, o Sindicato dos Jornalistas não pode ser de duas ou três pessoas.
"Eu também boicotei aquele vosso sindicato porque não está legal", disse Embaló, referindo-se à direção do Sinjotecs, presidida pela jornalista Indira Correia Baldé, da RTP-África na Guiné-Bissau.
O Sinjotecs emitiu, no passado domingo, uma nota de repúdio e de apelo ao boicote à cobertura de acontecimentos relacionados com o Presidente guineense após este ter, no sábado, respondido com palavrões a uma pergunta de um profissional que o tinha questionado sobre a data das eleições presidenciais, cuja realização ainda este ano tem sido exigida por vários dirigentes partidários depois de Embaló ter afirmado que só deverão realizar-se no final de 2025, já depois de terminado o seu mandato (fevereiro de 2025).
Conosaba/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário