segunda-feira, 29 de julho de 2024

Nicolas Maduro reeleito para um terceiro mandato, oposição reclama fraude


Maduro é reeleito presidente da Venezuela, ao passo que a oposição denuncia fraude. AP - Fernando Vergara

Caracas, Venezuela – O presidente venezuelano Nicolas Maduro venceu neste domingo 28 de Julho a eleição presidencial com 51,20 % dos sufrágios – ou seja 5,15 milhões de votos – segundo anunciou esta segunda-feira 29 de Julho a comissão eleitoral, desmentindo várias sondagens à boca das urnas que davam vitória à oposição.

Na sequência do anúncio por parte da comissão eleitoral da Venezuela da vitória do presidente Nicolas Maduro, Maria Corina Machado, líder da oposição, reclamou igualmente vitória e declarou:

Hoje nós vencêmo-los pelos votos em todo o país. Isso é o que aconteceu hoje. O dever das forças armadas é fazer respeitar a soberania popular expressa pela votação e é isso que esperamos de cada um dos nossos militares.

Esta segunda-feira grande parte da comunidade internacional mostrou-se céptica quanto à reeleição de Maduro, apoiada pelos seus aliados tradicionais na América Latina, bem como por Pequim e por Moscovo.

Estados Unidos bastante dubitativos

O secretário de Estado americano Antony Blinken manifestou “sérias dúvidas” quanto aos resultados anunciados, estimando que a “comunidade internacional" seguiria o assunto "de muito perto" e reagiria "em conformidade”.

Europa pede transparência

O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell pediu "total transparência no processo eleitoral" na Venezuela. "Os venezuelanos falaram sobre o futuro de seu país pacificamente e em grande número. A sua vontade tem de ser respeitada. É essencial garantir total transparência no processo eleitoral, incluindo a contagem detalhada dos votos e o acesso aos relatórios das mesas de voto", escreveu Borrell.

O ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel Albares, apelou de igual modo à "transparência total" e "que se verifiquem os resultados" por via da sua "publicação, ao nível de cada mesa de voto".

O seu homólogo italiano, Antonio Tajani, foi pelo mesmo diapasão, manifestando "perplexidade" quanto ao "regular" desenrolar destas eleições presidenciais na Venezuela, exigindo “acesso à documentação" do processo eleitoral.


Por: RFI

Sem comentários:

Enviar um comentário