O porta-voz do Estado-Maior General das Forças Armadas disse, hoje, que a formação de mais de duas centenas de oficiais no espaço de um ano da criação da Escola de Formação Militar “General Biaguê Na Ntan” é apenas o começo de uma longa caminhada, porque os desafios são enormes.
Samuel Fernandes falava no ato da celebração do primeiro aniversário da Escola Militar, em Cumeré, setor de Nhacra, presidido pelo vice-Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas que contou igualmente com a inauguração da estátua de “Biaguê Clussé Na Ntam”, como Patrono da Escola.
Segundo o Brigadeiro-General, Samuel Fernandes, há toda uma urgência de criar as condições básicas, para que a escola possa ser administrada de forma cíclica e ininterrupta as formações planejadas.
“Estamos apenas no começo de uma longa caminhada, porque os desafios são enormes e há toda uma urgência de criar as condições básicas e indispensáveis para que esta escola passe a administrar de forma cíclica e ininterrupta as formações planeadas. Desde logo, queremos ressaltar a falta de uma biblioteca com acervo de livros técnico-militares e de conhecimentos gerais, construção de raiz de um anfiteatro para conferências presenciais e vídeo, conclusão de campo de tiro e de campo de obstáculo, e afins”.
Ao longo deste primeiro ano de criação da Escola de Formação Militar “Biaguê Na Ntan”, foram ministrados cursos de sargentos, de comandantes de pelotões, assim como a formação de forças especiais dos comandos e fuzileiros navais.
O diretor da Escola de Formação Militar “Biaguê Na Ntan”, o Brigadeiro-General, Dabana Na Walna, quer que a partir de agora, as promoções passem a ser feitas através de conhecimentos, e não por questões de conflitos.
“Se houver o conflito que as pessoas se promovam, mas é justamente com isso que queremos acabar, queremos que a partir da criação dessa escola que as pessoas começam a ser promovidas através do conhecimento que elas têm, é uma escola que foi criada para apoiar as pessoas para poder implementar a carreira efectivamente nas forças armadas”.
Não obstante a essa intenção, Walna aponta alguns desafios com que a escola ainda se depara, para ser uma escola militar do século XXI.
“Desafios que nós enfrentamos aqui são muitos, desafios começam a partir das condições da escola, essa escola tem muitas coisas em falta, para ser uma escola militar do século XXI, falta material de todas ordens, faltam ainda os docentes mas é o trabalho justamente da direção da escola. Temos que trabalhar confiante e com a fé de que nós temos a capacidade para fazer isso. Não vamos deixar que este projecto morra como tem sido o hábito, porque ninguém estará em condições de nos apoiar sempre a reiniciar. Começamos agora e tenho fé que daqui a 10 anos, estando os portugueses ou não, os americanos ou não, ou russos, nós conseguiremos andar com os nossos próprios pés e guiados pela nossa cabeça, como dizem o Amílcar Cabral”.
Num futuro próximo caso haja condições, e de acordo com o regulamento da escola, esta deverá passar a promover os curso destinado aos sargentos, cursos de promoção a oficiais superiores tais como capitão, e num futuro longínquo, poderá ser transformado numa Academia Militar, mas por enquanto, existe a necessidade de continuar com os cursos de capacitação já em Outubro, com os militares promovido aos postos, sem que tenham a formação para o tal.
Por: Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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