O presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP) convidou, hoje, os deputados da nação a trabalharem junto por forma a encontrar respostas, sobre as restrições que os populares do sector de Boé, região de Gabú, palco da proclamação da Independência estão a enfrentar sobretudo nos últimos anos.
“ Hoje, os populares de Boé estão a viver não só num forte isolamento devido o estado das suas infra-estruturas rodoviárias que liga aquela localidade, mas sobretudo, devido a jangada que garantia a travessia no rio Tchetche que está afundada há mais de um ano”, diz argumentando que “ enquanto deputados da nação, temos a obrigações de tomar em conta esta realidade e de nos trabalhar em conjunto no sentido de encontrar a resposta destas restrições”.
O líder do hemiciclo falava na abertura da primeira Sessão Extraordinária da XIª Legislatura iniciada esta terça-feira, com o propósito entre outros pontos, eleger os membros do Conselho de Administração da ANP, reativação da Comissão Organizadora da Conferência Nacional Caminhos para a Consolidação da Paz e Desenvolvimento, reativação da Comissão Eventual para a Revisão Constitucional.
Domingos Simões Pereira afirma que os populares de Boé que testemunharam datas importantes do país, deveriam ser também testemunhos de todos os avanços que o país tem registado.
“ Populares de Boé, que testemunharam atos importantes continuam a viver num grande isolamento, um isolamento que a nossa consciência não devia aceitar, um isolamento que a nossa a memória devia nos confrontar onde todos nós, enquanto parte da nação, devíamos reconhecer que as pessoas que testemunharam a epopeia da libertação, dia 23 e que antecedeu o dia 24 de Setembro, deveriam ser também testemunho de todos os avanços que está a ser registado no país. As histórias bonitas que deveriam ser contadas na Guiné-Bissau, teriam razão de ser começadas em Boé, porque de facto, tudo o que hoje estamos a proclamar, teve início em Boé”, recordou.
Em relação aos pontos em debate e que foram aprovados por unanimidade, Domingos Simões Pereira, recorda os deputados e líderes das bancadas parlamentares, de que o Conselho de Administração que vai ser criado deve ser uma pedra basilar para reformas institucionais necessárias na ANP.
“(..) É crucial, quando pedimos as bancadas parlamentares que nos digite os elementos para constituição de novo conselho de administração, para que a resposta possa ir ao encontro do imperativo da competência, do cuidado, de disponibilidade, da ética e do moral dos agentes que vão ser apontados para constituir o novo Conselho de Administração”, sublinhou.
O novo Conselho de Administração da Assembleia Nacional Popular é constituído por nove elementos e dirigido pelo antigo Primeiro-ministro, deputado eleito na lista da Coligação PAI -Terra-Ranka, Rui Duarte Barros.
Por: Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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