O Secretário Geral do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Malam Cassamá, recomendou este sábado, 15 de julho de 2023, aos agricultores a cultivarem variedades de produtos de ciclo curto como tubérculos e produtos hortícolas, tendo em conta as irregularidades de chuvas nos últimos anos.
Malam Cassamá falava em representação do Ministro da Agricultura, na cerimónia de lançamento da campanha agrícola 2023/2024 que decorreu no setor de Mansabá, região de Oio, sob o lema: mecanizar a agricultura”.
O ato contou com as presenças do governo local, representante de Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Programa Alimentar Mundial (PAM), ROPPA, Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Projeto REDE e outras entidades parceiras do governo, que testemunharam também a entrega de materiais agrícolas a aldeia de Manhau, arredores de Mansabá.
Malam Cassamá disse que o lema escolhido revela a necessidade de a agricultura ser mecanizada, para aumentar a produtividade e a produção agrícola no seu todo, tendo em conta que esta tem um papel importante na luta contra a fome e a pobreza, como também na segurança alimentar e nutricional.
Afirmou que a agricultura guineense é limitada pelos “fracos investimentos, fraca produtividade e fracos rendimentos” e que a ausência de um investimento público exacerbado de quase exclusão do setor privado, onde os países que já tinham sido tidos como exportadores de alimento são agora dependentes da importação de alimentos de origem vegetal e animal como a Guiné-Bissau.
Lembrou que os países possuem terras aráveis e um potencial técnico, mas ressalvou que a dificuldade assenta-se na falta de recursos financeiros para investimento no setor agrícola que, segundo disse, “é estratégico na economia nacional”.
Revelou que o governo nesta campanha vai distribuir, em todo o território nacional, variedades de sementes, doses de vacinas, atomizadores, pulverizadores, materiais de trabalhos agrícolas, para atenuar os impactos da crise sanitária mundial e da guerra na Ucrânia.
Interpelada pelos jornalistas, Amina Mancó, uma das mulheres beneficiárias dos matérias agrícolas, contou que o material recebido vai ajudá-las nas suas atividades, gerar ganhos financeiros e ter acesso às escolas, comida e vestes.
“Aqui são as mulheres que trabalham para o seu sustento e dos filhos. A campanha de cajú não correu nada bem e passamos fome. Com esses materiais e sementes vamos redobrar esforços na produção e ter mais rendimento económico. É um sinal positivo porque vamos começar a pensar na diversificação da produção”, disse.
Por: Epifânia Mendonça
Conosaba/odemocratagb
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