A ministra da Justiça guineense reconheceu hoje que o país está inserido num espaço geográfico complexo, "profundamente afetado" por fenómenos de radicalismo e extremismo violento, mas acredita no diálogo inter-religioso para a "desconstrução das ideologias radicais".
Teresa Alexandrina da Silva falava na abertura do 1.º Encontro Nacional de Reflexão de Líderes Religiosos para a Prevenção da Radicalização e do Extremismo Violento na Guiné-Bissau, cujo propósito é a promoção do diálogo inter-religioso e inclusivo, como mecanismo imprescindível para a consolidação da paz.
"Como sabem, a Guiné-Bissau está inserida num espaço geográfico complexo, profundamente afetado pelos fenómenos e radicalismo e extremismo violento que têm provocado milhares de mortes na população civil, deslocados internos e externos, danos materiais incalculáveis, incluindo das infraestruturas críticas", defendeu Alexandrina da Silva.
A ministra da Justiça e dos Direitos Humanos considerou ainda que a criminalidade organizada, o terrorismo, a corrupção e o branqueamento de capitais constituem igualmente "crescentes ameaças" ao desenvolvimento, à paz e à estabilidade na sub-região em que a Guiné-Bissau está inserida.
Teresa da Silva afirmou que aquelas ameaças "corroem gradualmente" as bases do Estado de Direito e comprometem o desenvolvimento económico, pelo que, disse, as suas ramificações "requerem máxima atenção" dos atores nacionais.
A ministra disse ser necessário "censurar e repelir quaisquer sinais e iniciativas radicais e extremistas capazes de minar a paz e a coesão social" na Guiné-Bissau.
Manifestou ainda o empenho do Governo para colaborar com "todas as iniciativas" que visam fortalecer a coesão nacional e ainda promover o diálogo inter-religioso.
Teresa da Silva afirmou que o Governo "está empenhado" em criar condições para redução de níveis de conflitualidade no país e citou o exemplo da recente aprovação da estratégia nacional de promoção e proteção dos direitos humanos.
O Encontro Nacional de Reflexão de Líderes Religiosos para a Prevenção do Radicalismo e Extremismo violento", é organizado pelo Observatório da Paz -- "Nô Cudji Paz", financiado pela União Europeia e cofinanciado pelo Camões -- Instituto da Cooperação e da Língua, I.P, implementado pelo Instituto Marquês de Valle Flôr e pela Liga Guineense dos Direitos Humanos.
Conosaba/Lusa
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